dezembro 20, 2025
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Um piloto do Royal Magniccharters atrasou nesta sexta-feira um voo da Cidade do México para Cancún, dizendo que não decolaria em protesto contra o suposto não pagamento de salários da companhia aérea. Vários vídeos gravados por passageiros viralizaram nas redes onde o piloto também parece compartilhar sua irritação com sua suposta demissão. “Este avião está a voar até recebermos o que nos devem (…) Como pilotos, investimos muito na nossa profissão para que um dia digam: 'Sai daqui'”, gritou o aviador, que chegou ao ponto de se trancar no cockpit, impedindo a descolagem, segundo relatos da comunicação social.

Diário Reforma Afirmou que o piloto foi retirado do avião pelo Secretário da Marinha após várias horas e que os passageiros do voo foram inicialmente notificados de que o voo estava atrasado por motivos técnicos. Após embarcar no avião no novo horário, eles tiveram que retornar ao aeroporto. Nem a companhia aérea nem as autoridades do Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM) fizeram qualquer declaração sobre o assunto neste momento.

“Pare com isso, você está cometendo um crime”, grita um dos passageiros do avião. Isto faz parte do desespero que os clientes da companhia aérea sentiram por alguns momentos. Um deles se vira e comenta com os demais usuários: “Dizem que vão trazer transporte. Vamos descer e vamos parar no aeroporto.” Imagens de outro arquivo mostram também a situação dentro da AICM, onde agentes da Secretaria da Marinha e autoridades locais conversaram com clientes afetados. “Decisão, decisão”, gritam os passageiros.

É uma das 12 aeronaves Boeing 737 da frota da Magniccharters. A Royal Airline afirma em seu site oficial que o interior de suas aeronaves foi redesenhado “para proporcionar maior conforto aos nossos passageiros”. “Nossas aeronaves passam por constantes e rigorosos procedimentos de manutenção que mantêm padrões de qualidade e segurança, e são operadas por uma equipe profissional altamente treinada para garantir o bem-estar de milhares de famílias mexicanas”, observa.

Este não é o único incidente que as companhias aéreas mexicanas enfrentaram nos últimos meses. Uma atualização de software de um modelo de aeronave francesa Airbus causou atrasos nos voos da Viva Aerobus e da Volaris no México no final de novembro. Esse ajuste afetou, segundo dados oficiais, pelo menos 6 mil aeronaves do mesmo modelo em todo o mundo. As duas empresas, que respondem por 70% do tráfego doméstico de passageiros do país, deram esta sexta-feira um passo em frente ao unir forças para consolidar a sua presença no México e nos Estados Unidos.

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