A Blue Origin viveu um novo momento de glória nesta quinta-feira. Depois de anos de atrasos, testes fracassados e comparações inevitáveis com a SpaceX, a empresa de Jeff Bezos finalmente conseguiu o que almejava há muito tempo: recuperar com sucesso o primeiro estágio do foguete New Glenncolocando-o cuidadosamente numa plataforma no meio do Atlântico. Este marco estava até agora reservado à empresa de Elon Musk.
Tudo aconteceu depois do lançamento EscaparA missão dupla da NASA a Marte, composta pelos satélites Gold e Blue. A decolagem não foi totalmente tranquila: vários atrasos devido ao mau tempo, uma tempestade solar e uma contagem regressiva que parou faltando 20 segundos para o fim nos levaram a acreditar que o voo seria atrasado novamente. Mas ele New Glenn finalmente chega aos céus da Flórida e o que aconteceu a seguir mudou o jogo.
Porque Enquanto a segunda etapa continuava a caminho do Planeta Vermelho, o enorme veículo lançador voltava para casa.. Ou melhor, para uma plataforma offshore localizada a centenas de quilômetros da costa, onde desceu com precisão cirúrgica. Para a Blue Origin, isso foi mais do que apenas um pouso: foi a confirmação de que poderia competir em um território dominado pela SpaceX sem discussão por uma década.
Missão fundamental para a reputação de Mars e Bezos
Escapada vai aprender Como o vento solar interage com o campo magnético de Marteuma informação importante que nos permite compreender porque é que o planeta perdeu a sua atmosfera e com ela a maior parte da água que poderia ter.
A missão também permitirá aos cientistas compreender melhor o clima espacial, o que pode proteger astronautas e satélites enquanto orbitam a Terra e exploram o sistema solar.
A um nível mais técnico, a missão realizará uma manobra inédita: em vez da clássica transição Hohmann (que limita os lançamentos a algumas semanas a cada 26 meses), os satélites viajarão primeiro para Ponto Lagrangede onde eles irão para Marte.
Isto abrirá novas janelas de lançamento e tornará as futuras missões interplanetárias mais flexíveis.
Rivalidade com SpaceX entra em nova fase
O sucesso da Blue Origin vem quando Nave estelarO megafoguete da SpaceX vive um momento estranho: por um lado, acumula testes bem-sucedidos que aproximam Musk do seu sonho de chegar a Marte – seu último voo, como contamos recentemente, foi um grande avanço no controle e na reentrada. Mas, por outro lado, enfrenta há dúvidas públicas crescentes sobre a sua viabilidade dentro do programa lunar Artemis.
Apenas algumas semanas atrás, publicamos que a NASA O papel da nave estelar como nave lunar pode até ser repensadopreocupados com atrasos e complexidade do sistema.
Competição entre dois bilionários tem claramente inclinado-se para Musk há anos. A SpaceX restaurou foguetes como se alguém estivesse estacionando um carro. A Blue Origin, por outro lado, tem caminhado de forma mais lenta, acumulando promessas, protótipos e atrasos.
Neste contexto, o desembarque em New Glenn assume uma dimensão diferente: Não é apenas um sucesso técnicoé uma declaração de poder.
Assim, num momento em que a SpaceX tenta demonstrar que a Starship está pronta para voar até à Lua, a Blue Origin representa uma alternativa de reutilização madura, fiável e – agora – também competente.