dezembro 22, 2025
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A série Chosen mudou vidas, inclusive a vida de seu personagem principal, Jonathan Rumi. Quando ele conseguiu o papel de Jesus no programa, ele se viu em um poço sem fundo. E ele clamou ao céu: “Deus, tire isso de mim. Agora tudo está em suas mãos. Eu não Vou me preocupar.” Três meses depois ele assinou o papel de sua vida. Ele acreditou, e um milagre aconteceu. É certo que The Chosen é uma maravilha por si só. Cinco temporadas, com ótima recepção, criadas através de crowdfunding massivo, fazendo história na produção audiovisual: Durante a primeira temporada, mais de 19.000 pessoas doaram US$ 11 milhões e, nas temporadas dois e três, mais de US$ 40 milhões foram arrecadados. Agora, depois de exibida nos cinemas, a quinta temporada chega ao Movistar Plus+.

A série agora se concentra em um dos momentos mais importantes da vida de Jesus, que agora se aproxima do momento da paixão. Nesta temporada, o personagem principal e seus alunos assistem à Última Ceia. “Quando percebo o papel que desempenho, sinto que é muito grande para mim. É uma grande responsabilidade, mas sei que, em última análise, há uma razão pela qual fui colocado neste papel e é porque Deus tem um plano e o que Ele faz no programa para impactar a vida das pessoas. Este é o território delas, não o meu. Eu só preciso ficar e fazer o meu trabalho. Ele faz todo o resto”, admitiu recentemente o líder da ABC.

Até agora, a representação de Jesus Cristo na tela tem sido limitada a cenas específicas, como a crucificação na Paixão de Mel Gibson, ou filmes que tiveram apenas algumas horas para resumir toda a sua vida pública. “Os Escolhidos” tem uma abordagem diferente: acompanha a vida de Cristo desde sua primeira aparição como adulto até, nesta quinta temporada, a Última Ceia antes de sua morte. São muitas horas de filmagem dedicadas não só a contar sua história, mas também as histórias de quem deixou tudo para segui-lo. “A humanidade é o que torna isso tão incrível. Abordamos temas como vício, infertilidade, sofrimento e coisas que você não esperaria de um programa como este. Estas são histórias poderosas e universais. Quando o programa me forçou a aceitar que Jesus havia crescido e não precisava mais de mim, recebi muitas mensagens de pais que sentiam o mesmo por seus filhos. É incrível que haja pais que se vejam refletidos na mãe de Jesus”, explicou Vanessa Benavente, que interpreta a Virgem Maria.

Desde a estreia da série, o fenômeno dos fãs cresceu até explodir em um frenesi total. Milhares de seguidores apoiam este fenômeno, que começou com um pequeno “crowdfunding” para acompanhar rigorosamente a vida de Jesus, até se transformar em uma biografia definitiva do personagem e das pessoas ao seu redor. Para alguns, como este jornal admitiu recentemente durante a sua estreia em Espanha, foi “uma verdadeira mudança de vida”. Alguns curiosos abordaram a série “só por curiosidade” e acabaram se tornando “fiéis seguidores” de Jesus.

Chaves para o seu sucesso

Uma das chaves do sucesso está na humanidade que esta história exala. Aqui a vida dos discípulos não é revestida de solenidade constante.. Surge um Pedro inseguro, com vontade de liderar mas envergonhado depois de um discurso que acaba por não ser o que imaginava; alguns alunos desorientados que primeiro gritam de euforia com a entrada de Jesus em Jerusalém, sonhando com a vinda do Messias, e poucos dias depois choram, sem compreender plenamente as palavras do professor. É esta dimensão humana que criou uma ligação entre o público e os personagens, e também levou à rejeição de alguns críticos que vêem esta visão como um Jesus “excessivamente humano ou brando”. “Não conhecemos elogios nem críticas. Se você gosta da série, ótimo; e se não, eu entendo… mesmo que você seja louco”, comentou Shahar Isaac, que interpreta Pedro, rindo.

Esta quinta parte prenuncia Cristo, que olha com dor para o seu povo, que não compreendeu as suas palavras e cujo pulso não treme diante da reprovação daqueles que fizeram da casa de Deus um mercado. E também para dizer a verdade sobre quem são a quem promete, como Pedro, lealdade até à morte. A humanidade de Cristo pode ser chocante, mas é também a razão pela qual mais de 600 milhões de telespectadores vieram ver “Os Escolhidos”.

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