dezembro 22, 2025
DAMBin2023-U87867584754dGn-1024x512@diario_abc.jpg

Christy diz que trabalho te faz feliz. É tão simples. É disso que todos nós reclamamos que a faz se sentir viva: “Meu trabalho me dá endorfinas. Vejo tudo lindo. Sempre digo: “Que gente gentil, que lindo roupas, está tudo bem. Eles me dizem que é porque estou lá por pouco tempo, mas não. Para entender isso, você precisa voltar 14 anos. Quando foi diagnosticado com uma doença rara, que no seu caso se tornou ultrarrara: “Não respondeu a nenhum tratamento”. Eram os tempos dos hospitais, das internações e dos cuidados paliativos. Morfina, fentanil, corticosteróides.

Quando me disseram que eu poderia trabalhar, vi o céu aberto. Pela economia, porque eu estava de fralda quando a enfermeira escovou meus dentes e porque me despedi muitas vezes. Vida. “Levante-se, trabalhe 20 horas por semana e veja-se numa vida normal. As pessoas queixam-se do que eu queria: ter um emprego normal”, insiste.

“As pessoas reclamam do que eu queria: ter um emprego normal.”

Hoje, Cristina Rosales, de 39 anos, trabalha na loja Massimo Dutti da rua Larios, em Málaga. Isto não fazia parte do plano original porque a empresa têxtil procurava um responsável pelo armazém. Mas depois de vê-la e ouvi-la, eles mudaram de ideia. Pepi Bojorquez, assistente social da COCEMFE Málaga, -30 anos no mundo das pessoas com deficiência, fala sobre isso. Para ela, dedicada à integração das pessoas com deficiência de Málaga Integra, aderindo ao programa Incorpora Fundación La Caixa, foi uma ocasião especial.

“Essa contratação foi muito bacana porque eles não precisavam no momento, mas aceitaram e reestruturaram o quadro de funcionários.” “Se você quiser você podefaz parte da mensagem que queremos transmitir. As pessoas querem trabalhar, há ofertas, há bons candidatos que se enquadram e foi isso que esta empresa em particular fez”, explica Bojorquez.

“Christina está emocionada porque não pode trabalhar em tempo integral. Ela fica muito cansada e ele a contratou para que ela pudesse se adaptar.” A COCEMFE salienta que “como não tem problemas, trabalha aos sábados e domingos e, dependendo dos dias, pode organizar o seu descanso”.

As pausas são essenciais para Christie. Ele nos diz que externamente não percebe nenhuma deficiência. Mas foi reconhecido por 69%. Tudo é causado Síndrome de ativação de mastócitos (SAM) não clonal. Esta doença extremamente rara transformou o seu corpo numa bomba imprevisível: mais de 40 diagnósticos falhados, 150 casos de emergência, 80 hospitalizações, 15 internamentos em unidades de cuidados intensivos e um coma induzido.

No início e durante muitos anos, ninguém acreditou nela. Apenas uma hemorragia interna tornou aparente a verdadeira gravidade. A partir daí, observaram que ela ficava crítica antes de cada menstruação, até que aos 33 anos (depois de se tornar mãe) decidiram retirar as trompas e os ovários para estancar as crises que a estavam levando ao limite.

Após esta operação alcançou uma certa estabilidade, embora as crises continuem a moldar o seu quotidiano. Ela, diz ela, tem “tudo” em casa e “sabe o que está acontecendo quando algo acontece”.

“Tenho 69% de deficiência. Foi muito difícil para mim pedir isso, chorei muito. A deficiência é estigmatizada”

Nesse caminho de vida, ele deixa um recado para outras pessoas com deficiência: “Tenho 69% de deficiência. Foi muito difícil para mim pedir isso, chorei muito. Porque deficiência é estigmatizada. Mas se isso ajuda você a conseguir um emprego, então você provou seu valor. Estou aqui. É por isso que digo a todas as pessoas com deficiência que não se limitem. “Se eu me limitasse, deitaria na cama e choraria.”

Parte disso não se deve a Pepi e ao restante da equipe do COCEMFE. “Eu os conheci online”, diz Christie. “Através do Conselho de Desemprego não vi muita oportunidade ou talvez tenha sido a pessoa que me ajudou, mas quando cheguei ao COCEMFE, com todas as minhas dúvidas, Eu me senti uma pessoa normal, eles entenderam minha situação…”

A máquina foi acionada: “Aqui pegamos pessoas com deficiência que têm atitude em relação ao trabalho. Eu faço o acolhimento, meu companheiro primeiro se orienta e depois vamos mais fundo”, diz Pepi Bojorquez.

O plano é criar um caminho de vida: o que eles querem fazer? Quais são as suas circunstâncias? Em quais empresas você está interessado? Como está o mercado? A busca começa. “Eu digo a eles como está o mercado e Tentamos corresponder à realidade daquilo que eles precisam e ao seu ponto de vista.“”, continua Pepi. A partir daí, procure um emprego. “Preparamos currículos, ensaiamos como fazer entrevistas…” Método? Estilo de simulação: “Quando a pessoa já está clara, a gente dá muitos exemplos dos tipos de ofertas que costumam chegar, vê se ela vai aceitar, se não vai aceitar, porque sim, porque não… Para colocá-la em uma situação.”

Às vezes, explica Bojorquez, uma inscrição é enviada se houver ofertas; Outros – a empresa liga. E assim, pessoa por pessoa, é tecida uma rede que garante que um funcionário como Christie ficará feliz em trabalhar. São milhares deles, lembra a Fundação La Caixa.

42.000
Emprego através da Fundação La Caixa

No ano passado o programa Incorpora mais de 42.000 inserções foram realizadas trabalho através de todas as organizações que cooperam com ele. A organização lembra que “este número não reflete apenas a eficácia e o impacto da iniciativa de inclusão”, mas também “o compromisso de 16 mil empresas que estão comprometidas com a inclusão e a diversidade como motor de mudança”. Como, diz ela, o trabalho que mudou a vida de Christie.

Referência