O governo basco condenou esta segunda-feira o assassinato “sexista” de uma mulher de 54 anos encontrada morta com sinais de violência no último domingo em Baracaldo (Vizcaya). Ertzaintza deteve um homem de 27 anos, de nacionalidade espanhola, por suspeita do seu envolvimento neste crime, em relação ao qual a polícia basca ainda mantém todas as pistas em aberto. A porta-voz do Executivo Descentralizado, Maria Ubarretsena, lamentou hoje a “nova vítima da violência sexista”. O Departamento de Segurança Basco, por sua vez, disse que continuava a investigação para esclarecer o ocorrido.
A autópsia da vítima revelou que a mulher foi morta, segundo o Departamento de Segurança, que não forneceu informações sobre a relação entre a vítima e o detido.
O corpo da espanhola teria sido encontrado por suas filhas na manhã de domingo. Correspondência. A mulher parece ter comparecido ao jantar de Natal da empresa, na noite de sábado, com os colegas do supermercado.
A Câmara Municipal de Baracaldo manifestou a sua “forte condenação e repúdio” ao assassinato da mulher encontrada morta este domingo e convocou um comício para terça-feira ao meio-dia na praça da cidade. Além disso, a Câmara anunciou que figuraria como acusação popular no caso deste crime, e propôs disponibilizar os serviços oferecidos pela Câmara Municipal aos seus familiares e amigos.
“Da Câmara Municipal de Barakaldo queremos lembrar que a violência sexista representa uma grave violação dos direitos humanos e um grave problema social que ameaça a dignidade, a integridade física e moral das mulheres”, diz a declaração institucional aprovada esta segunda-feira.
O Instituto da Mulher Basca (Emakunde) juntou-se à condenação do assassinato e sublinhou num comunicado que a violência baseada no género é “a expressão mais brutal da desigualdade entre mulheres e homens e se baseia em relações de domínio e desigualdade”. As assembleias gerais de Biscaia (parlamento provincial) também condenaram o “trágico assassinato” da mulher e apelaram “em massa” à adesão aos actos de rejeição exigidos pelas instituições.
O telefone 016 atende vítimas de violência sexista, seus familiares e pessoas ao seu redor 24 horas por dia, todos os dias do ano, em 53 idiomas diferentes. O número não fica cadastrado na sua conta telefônica, mas a ligação deve ser apagada do aparelho. Você também pode entrar em contato por e-mail016-online@igualdad.gob.ese por WhatsApp através do número 600 000 016. Os menores podem contactar a Fundação ANAR através do número 900 20 20 10. Em caso de emergência podem ligar para o 112 ou para os números da Polícia Nacional (091) e da Guarda Civil (062). E caso não consiga ligar, pode utilizar a aplicação ALERTCOPS, a partir da qual é enviado à Polícia um alarme com geolocalização.