A presidente Claudia Sheinbaum distanciou-se mais uma vez quando se trata de expressar a sua opinião sobre a pressão que o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, está a exercer sobre a Venezuela. Na terça-feira, a presidente disse não ter recebido uma carta que Nicolás Maduro disse que enviaria a todos os chefes de Estado da América Latina e das Caraíbas, bem como aos países das Nações Unidas (ONU), para alertar sobre “uma escalada de agressão extremamente grave por parte do governo dos EUA” e apelar a uma postura mais dura.
Quando questionado sobre a posição do México relativamente ao apelo de Maduro, o presidente recorreu à mesma versão. “A nossa política externa é uma política de não ingerência, de resolução pacífica de conflitos; esta sempre foi a nossa posição e vamos defendê-la”, afirmou na conferência matinal. No entanto, anunciou que o embaixador do México na Organização das Nações Unidas (ONU), Héctor Vasconcelos, determinará a posição do México no Conselho de Segurança do organismo internacional, que se realizará terça-feira em Nova Iorque.
O Presidente da Venezuela disse que as ações do governo Trump na Venezuela ameaçam desestabilizar toda a região e o sistema internacional como um todo. Por esta razão, apelou aos governos do mundo para que condenassem veementemente os actos de agressão, pirataria e execuções extrajudiciais cometidos pelos Estados Unidos, e exigiu o fim imediato dos destacamentos militares, dos bloqueios e dos ataques armados nas Caraíbas. “Terá lugar uma reunião do Conselho de Segurança da ONU; o nosso Embaixador Héctor Vasconcelos estará muito activamente envolvido no que o México pensa”, concluiu o Presidente mexicano.