Eliete Regina de Aquino foi internada para duas cirurgias “dos sonhos” em um hospital de São Paulo, mas tudo se transformou “em um pesadelo”, disse sua irmã, após sofrer uma parada cardíaca.
Uma mulher que sofreu complicações de dois procedimentos comuns de cirurgia plástica em um hospital não licenciado ficou incapaz de se mover, ver ou falar um mês depois de passar pela faca.
Eliete Regina de Aquino, 35 anos, natural de Iracemápolis, São Paulo, Brasil, deu entrada no Hospital de Cirurgia Plástica da região de Limeira, na cidade, no dia 14 de novembro, para fazer abdominoplastia e lipoaspiração na coxa. Ele deu entrada no hospital por volta das 6h30 daquele dia e a cirurgia de R$ 25 mil (£ 3.355) começou às 8h.
A cirurgia teria ocorrido conforme planejado no início, mas depois de algumas horas, a Sra. Aquino sofreu um ataque cardíaco e morreu brevemente.
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A vendedora sofreu um ataque cardíaco às 12h15. e foi rapidamente reanimada pelos médicos, com os batimentos cardíacos retornando cerca de cinco minutos depois. A cirurgia continuou posteriormente, segundo a mídia brasileira Globo.com, e foi concluída às 13h30, e a Sra. Aquino foi levada às pressas para um hospital privado por meio de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel às 14h.
Segundo familiares, ela foi internada no hospital quando corria risco de morte encefálica e passou por uma cirurgia no cérebro antes de sofrer complicações pulmonares (relacionadas aos pulmões). Ela permaneceu internada até o dia 25 de dezembro, quando foi transferida para o hospital Santa Casa de Limeira, onde foi constatado que sofreu graves consequências neurológicas – danos neurológicos.
A condição a privou da capacidade de falar ou se mover, e ela também sofre de espasmos neurológicos contínuos depois de ser mandada para casa no início desta semana. Fabiana Aparecida de Aquino, irmã de Aquiano, disse que ficou com um tubo no pescoço e só sentiu o toque da família.
Ela disse: “Eliete, hoje, não tem movimento em nenhum dos quatro membros, nem nas pernas, nem nos braços. Ela não consegue ver nem falar. Ela tem uma cânula de traqueostomia no pescoço e só sente o nosso toque… É muito caro. Precisamos de apoio, cuidado em casa, plano de saúde vitalício. Minha mãe está sozinha cuidando dela hoje, ela não sai do lado dela 24 horas por dia. Ela precisa de pelo menos uma enfermeira 24 horas por dia para ajudá-la.”
Fabiana afirmou em depoimento à Polícia Civil que foi transferida para o primeiro hospital sem intubação e que sofreu duas paradas cardíacas. Segundo a Prefeitura de Limeira, o hospital de cirurgia plástica não tinha licença.
Ela e sua família agora exigem respostas sobre o que aconteceu com Aquina na sala de cirurgia. Fabiana afirma: “Queremos muito saber o que aconteceu dentro do centro cirúrgico. Se houve negligência, queremos justiça”. No laudo clínico, os profissionais indicaram que ele sofreu uma única parada cardíaca.
O hospital disse que não comentaria o paciente ou o procedimento, citando uma Lei Geral Nacional de Proteção de Dados. A Polícia Civil está investigando o caso e deverá entrevistar os médicos responsáveis pelo atendimento de dona Aquina.
Fabiana disse que a irmã procurou a cirurgia plástica por não se sentir “bem com o corpo”, acrescentando: “Era o sonho dela (fazer a cirurgia). Um sonho que virou pesadelo”. Agora, acrescentou ela, os filhos da sua família “nem conseguem estar perto dela”. E acrescentou: “É difícil, muito difícil”.