dezembro 26, 2025
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O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu esta quinta-feira que nos próximos sete anoso país precisará de mais de 12 milhões de trabalhadores, Para o efeito, propôs o lançamento de um programa de formação em “grande escala”, dando especial atenção aos especialistas na área da inteligência artificial (IA).

“Nos próximos sete anos, precisamos atrair 12,2 milhões de pessoas para a economia”, disse Putin numa reunião do Conselho de Estado no Kremlin. Putin, que estimou a taxa de desemprego na Rússia em 2,2%, admitiu que o mercado de trabalho vive “escassez de mão-de-obra”, que no caso de Moscovo já é de cerca de meio milhão de pessoas. Nos últimos anos, as autoridades russas reforçaram a sua política de migração, o que reduziu significativamente o fluxo de mão-de-obra do espaço pós-soviético.

Para contrariar este desequilíbrio, o líder russo enfatizou a importância introduzir inteligência artificial em todas as áreas da economia e da geografia nacional, para os quais o futuro pessoal deve estar familiarizado com esta tecnologia. “Refiro-me nos próximos 10-15 anos. Já é óbvio que esta será uma era de transformações tecnológicas colossais e de desenvolvimento acelerado da inteligência artificial. Este é o maior salto tecnológico, certamente sem precedentes na história”, previu.

Reconheceu que a inteligência artificial substituirá partes da classe trabalhadora, mas sublinhou que também criará novos empregos, o que exigirá “mudanças sistémicas” nos programas de formação. “É preciso mudar todo o paradigma da formação de pessoal. Tudo. Isto não é um lema nem um desejo, mas uma missão vital para o Estado, para as empresas e para a educação”, explicou.

Durante anos, Putin, um homem analógico que não carrega um telemóvel e quase não utiliza a Internet, enfatizou a importância “estratégica” da inteligência artificial generativa para garantir a soberania tecnológica da Rússia. Além disso, ele apresentou esta A Rússia investirá na construção de centros de dados “baseados em centrais nucleares”. Segundo a imprensa russa, a sua filha mais nova, Katerina Tikhonova, dirige atualmente o Instituto de Inteligência Artificial da Universidade Estatal de Moscovo.

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