La Pena de Arias Montano, na Serra de Huelva, é um lugar habituado ao silêncio. Silêncio profundo e denso, interrompido apenas pelo vento nas árvores ou pelo canto distante das corujas. Porém, uma noite esse silêncio … Ele faliu de uma forma que ninguém conseguia explicar. O que aconteceu então permanecerá para sempre investigador Miguel Angel Paredes e isto abriria um novo capítulo na história dos fenómenos inexplicáveis associados a este enclave montanhoso.
Paredes não veio a La Pena em busca de sensações fortes ou experiências pessoais. Seu gol foi técnico, como o gol gravar sons ambientes em um ambiente conhecido como “ativo” por décadas. Ele sabia que este lugar continha evidências antigas, rumores persistentes e alguns registros anteriores que eram difíceis de explicar, mas sua abordagem foi cautelosa. A sessão de gravação foi planejada como muitas outras: equipamento básico, local cuidadosamente escolhido e uma atitude mais parecida com observar do que esperar.
Ambiente escolhido para silêncio absoluto
A gravação foi feita à noite, quando Peña estava praticamente isolado de qualquer intervenção humana. Não havia visitantes, trânsito ou fontes de som nas proximidades. A ausência de ruído foi importante para o trabalho de Paredes, que procurou reconhecer com precisão qualquer anomalia acústica que pudesse surgir.
O ponto selecionado estava próximo a um dos cavidades naturais ambiente, um lugar onde a pedra viva domina a paisagem e os ecos se comportam de maneiras peculiares. Aí Paredes montou o seu equipamento e começou a gravar, sabendo que durante várias horas nada de notável aconteceria. Pelo menos era isso que eu esperava.
A busca prosseguiu sem incidentes durante a maior parte da noite. O silêncio foi quase completo, interrompido apenas por sons da natureza facilmente reconhecíveis. Foi então que Paredes ouviu algo diferente através dos seus auscultadores: era um som fraco, quase um sussurro, que não cabia em nenhuma imagem conhecida do ambiente.
A princípio ele hesitou. Ele pensou que poderia ter sido uma interferência momentânea ou um ruído distante distorcido pela acústica da área. No entanto, o som se repetiu. Desta vez com uma clareza alarmante.
Era uma voz.
Voz humana sem origem aparente
A voz gravada naquela noite foi corajoso, sério e cheio de entonação que Paredes mais tarde descreveria como profundamente perturbador. Ele não gritou. Ele não falava normalmente. Ele sussurrou. E ele fez isso com uma insistência de gelar o sangue: “Ajuda… ajuda…”
O que foi mais perturbador não foi apenas o conteúdo da mensagem, mas também a forma como foi expressa. A voz não parecia vir de nenhum ponto específico do ambiente. Não havia direção, nem distância definível. Ele não chegou nem mais perto nem mais longe. Estava simplesmente ali, presente, como se estivesse suspenso no espaço.
Paredes relatou posteriormente que naquele momento sentiu imediatamente calafrios. Anos de experiência não o prepararam para ouvir algo assim ao vivo, num ambiente completamente deserto.
Entre o medo e a severidade
Em vez de interromper a gravação ou fugir do local, Paredes optou por permanecer imóvel. Ele sabia que qualquer movimento poderia estragar a gravação. Ele prendeu a respiração e se concentrou em ouvir.
A voz reapareceu diversas vezes, sempre com o mesmo tom queixoso, sempre sem motivo físico aparente. Essa persistência foi fundamental: descartou que se tratasse de ruído aleatório ou pareidolia auditiva de curta duração.
Quando a sessão finalmente terminou, Paredes deixou Peña com um misto de cansaço, ansiedade e uma estranha sensação de ter presenciado algo excepcional.
Nos dias seguintes, a gravação foi submetida a uma análise criteriosa por especialistas em áudio e linguagem. O objetivo era bastante claro: eliminar qualquer manipulação, interferência ou explicações tradicionais.
Os resultados foram desanimadores. Não houve sinal de edição ou sobreposição de faixas no áudio. A voz tinha traços humanos, embora não fosse do tipo com estrutura fonética consistente e modulação emocional reconhecível. No entanto, não havia indicação de uma fonte física próxima.
O som também não poderia ser atribuído a fenômenos naturais conhecidos. Não coincidia com os vocais dos animais, nem com a influência do vento, nem com as ressonâncias da própria caverna. O registo simplesmente não se enquadrava em nenhum quadro explicativo tradicional.
Não demorou muito para que a psicofonia se espalhasse entre pesquisadores muito específicos deste mistério. A sua clareza e ausência de sinais de adulteração tornaram-na uma das gravações mais comentadas na área da especialidade. Isto não causou unanimidade, mas causou respeito universal.
O caso teve efeito imediato: Pena de Arias Montano voltou ao centro de interesse investigativo. Novas equipes começaram a estudar o local utilizando técnicas mais rigorosas, tentando reproduzir ou entender o que aconteceu naquela noite.
Antes e depois para o pesquisador
Para Miguel Angel Paredes esta experiência foi um ponto de viragem. Não só pela relevância da gravação, mas também porque ouvi pessoalmente esta voz ao vivo. Ele próprio admitiu que desde então tem abordado a sua investigação com maior cautela e respeito pelos locais que explora. Inclusive pelas condições pessoais – familiar doente – que vivenciava na época.
A psicofonia não lhe deu respostas claras. Pelo contrário, colocou questões mais profundas sobre os limites do conhecimento, da percepção e da natureza de certos fenómenos.
Hoje a gravação ainda é motivo de polêmica. Não é apresentado como prova conclusiva de nada, mas também não foi destruído. Ele permanece naquele território desconfortável onde ainda não há ciência e especulação suficientes.
Pena de Arias Montano permanece em silêncio. Mas para quem conhece a história, esse silêncio não é mais absoluto. Em algum momento entre a rocha e a noite, foi gravada uma voz pedindo ajuda e deixando para trás uma das incógnitas mais perturbadoras da Serra de Huelva.
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