AVISO: CONTEÚDO DIRRESTING Um aviso de cartão amarelo se transformou em um ataque horrível no qual um jovem de 19 anos foi atacado por um grupo de bandidos violentos.
Um amistoso de futebol se transformou em terror quando um jogador que virou árbitro sofreu um destino brutal. Otávio Jordão da Silva Cantanhede tinha apenas 19 anos quando saiu de casa de bicicleta para participar da partida. Sem o conhecimento de seu pai, ele pegou uma faca.
Cantanhede e o seu irmão mais novo, George, caminharam alguns quilómetros por uma estrada de terra vermelha até ao campo de futebol improvisado. Sem redes, balizas de madeira e grama arenosa desgastada, era um cenário casual: um time costumava usar camisetas, enquanto o outro jogava sem camisa.
Mas naquele dia de junho de 2013, no bairro Centro do Meio, Nordeste do Brasil, a partida terminou com a morte desnecessária de dois jovens. Segundo relatos, durante o primeiro tempo Cantanhede jogou na defesa. Mas então ele sofreu uma lesão, torcendo o tornozelo ou o joelho, e se tornou árbitro.
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Aproximadamente aos 15 minutos do segundo tempo, Cantanhede mostrou cartão amarelo para um jogador chamado Josemir Santos Abreu, de 30 anos, amigo e às vezes companheiro de equipe. Mas esse aviso se transformou em uma “expulsão do cartão vermelho, uma discussão (e) uma luta mortal, de acordo com o New York Times”.
Cantanhede esfaqueou duas vezes Abreu, que morreu ao chegar ao hospital próximo. Em retaliação, disse a polícia, Cantanhede foi atacado por pelo menos quatro amigos de Abreu, motivados por álcool, drogas e uma multidão.
Os próximos momentos foram horríveis. Segundo as autoridades, Cantanhede foi amarrado, agredido na cara com uma garrafa de cachaça barata, espancado com uma estaca de madeira, atropelado por uma moto e esfaqueado na garganta. Mas esse não foi o fim da violência brutal.
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“Imagens gráficas tiradas por funcionários do hospital mostraram que as pernas de Cantanhede foram cortadas e deixadas ao lado como próteses. O braço direito e o pulso esquerdo permaneceram presos por tiras de pele.
“No início não acreditei que tivesse acontecido”, disse Valter Costa dos Santos, chefe da polícia regional e principal investigador do caso. “Eu não achava que os seres humanos fossem tão perversos a ponto de fazer isso.”
O crime horrível chocou os moradores locais e a comunidade em geral à medida que os detalhes daquele dia fatídico surgiam. “Não tem ligação direta com o futebol”, disse Mauricio Murad, sociólogo da Universidade Salgado de Oliveira, no Rio, sobre o incidente. “Isso poderia ter acontecido em qualquer outro lugar, em um bar.
“Quando falamos de violência no futebol, é entre grupos de torcedores que torcem pelo seu time. Este é um problema de violência no Brasil, e não de violência no futebol”.