dezembro 30, 2025
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MADRI, 29 anos (EUROPA PRESS)

O governo russo acusou esta segunda-feira a Ucrânia de ter atacado na manhã passada a residência do Presidente russo, Vladimir Putin, na região de Novgorod, pelo que vai “reconsiderar” a sua posição nas negociações em curso sobre um acordo de paz com Kiev para pôr fim à invasão desencadeada em fevereiro de 2022.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que “na noite de 28 para 29 de dezembro, o regime de Kiev realizou um ataque terrorista usando 91 drones de longo alcance contra a residência do presidente russo na região de Novgorod”.

“Todos os veículos aéreos não tripulados foram destruídos pelos sistemas de defesa aérea das Forças Armadas russas. Não sobrou nenhuma informação sobre vítimas ou destruição como resultado do impacto do drone”, enfatizou, segundo a agência de notícias russa TASS.

Assim, o chefe da diplomacia russa afirmou que “esta acção ocorreu durante tensas negociações entre a Rússia e os Estados Unidos para resolver o conflito ucraniano” e sublinhou que “este tipo de acções imprudentes não ficarão sem resposta”.

“Não pretendemos retirar-nos do processo de negociação com os Estados Unidos, mas dada a degeneração completa do regime criminoso de Kiev, que mudou para uma política de terrorismo de Estado, as posições negociais da Rússia serão revistas”, disse ele.

“Os objectivos do bombardeamento retaliatório das Forças Armadas russas e o momento do seu início já foram determinados”, enfatizou Lavrov, conforme noticiado pela agência russa Interfax, enquanto Kiev ainda não comentou estas acusações de Moscovo.

Poucas horas antes, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, concordou com o presidente dos EUA, Donald Trump, que as negociações sobre um possível acordo de paz com a Ucrânia estavam em fase final, após uma reunião que o inquilino da Casa Branca manteve no domingo com o seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky.

Peskov também disse que Trump e Putin “concordaram em ligar novamente” e isso acontecerá “o mais rápido possível”. “Então receberemos informações (sobre o conteúdo da reunião Trump-Zelensky)”, disse ele, antes de insistir que para chegar a um acordo, Kiev deve “retirar” as suas forças armadas da região de Donbass.

“A Rússia está a considerar a possibilidade de pôr fim ao conflito militar no contexto da concretização dos seus objetivos”, concluiu um porta-voz do Kremlin, na primeira reação de Moscovo à reunião na Florida, na qual tanto Trump como Zelensky concordaram que um possível acordo estava “muito próximo”, embora o presidente norte-americano tenha admitido que ainda havia “uma ou duas questões muito prementes para discutir”.

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