novembro 15, 2025
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“O maior desafio de um professor, e principalmente de um tutor, é diagnosticar se ele está realmente enfrentando assédio ou não, porque situações tensas ou abusos acontecem todos os dias e podem ser enfrentadas com relativa normalidade porque “Estamos falando de trinta crianças morando juntas todos os dias.” A pessoa que diz isso é uma professora de escola charter em Serra de Huelva com vinte anos de experiência e que esteve envolvido em muitas situações'intimidação' pela responsabilidade na equipa de gestão do centro educativo onde ganha a vida.

“O principal é que estas situações acontecem repetidamente ao mesmo aluno e são protagonizadas pela mesma pessoa ou pelo mesmo grupo de pessoas e, se isso acontecer, o alarme dispara”, afirma o professor, que, tal como os restantes profissionais que prestaram depoimento para esta reportagem, prefere proteger a sua identidade.

“Parte do bullying acontece nas salas de aula, mas a maior parte do bullying acontece fora delas, por meio de telefones celulares.”

Professor na Serra de Huelva

“EM secundárioPor exemplo, cada professor tem um tempo de contacto muito limitado com os alunos, uma hora por dia e por vezes até menos, e se um professor suspeitar de um episódio de bullying mas acabar por concluir que não é importante, a sua visão pode não ser completa e o caso pode não ser totalmente resolvido até que se realize uma reunião de professores e a informação seja partilhada”, conclui.

“A maior parte das situações de bullying ocorrem em parte, apenas em parte, no ambiente escolar, mas principalmente fora do centro: através de mensagens que enviam uns aos outros através dos telemóveis enquanto estão em casa ou na rua, porque aqui na escola não podem utilizá-los, ou, por exemplo, através da criação de grupos de WhatsApp que não têm em conta colegas que possam sentir-se marginalizados”, sublinha.

Alerta

Outro professor de disciplinas relacionadas Ciências e que leciona em escola pública da periferia Sevilhaque amplia a forma como um possível episódio é notificado'intimidação'.

“A ansiedade pode vir dos professores ou dos próprios colegas: às vezes são eles, a galera, que vêm até a gente no recreio ou nos corredores, entre aula e aula, para nos dizer que fulano não vai parar de intimidar fulano, que não vai parar de incomodar, e então a gente começa a observar a situação com calma e a conversar informalmente com outros alunos para que eles confirmem essa primeira versão”, comenta uma professora do núcleo. suapalência.

“Precisamos da cooperação dos estudantes para detectar tais situações: eles estão lá.”

“Nas aulas anti-assédio que ministramos, deixamos isto claro aos alunos: precisamos da sua cooperação porque eles estão no terreno, por assim dizer, e insistimos que tenham canais para comunicar connosco em privado, como sistemas de mensagens em plataformas onde publicamos as suas notas ou lhes damos instruções de trabalhos de casa”, conclui.

Peliagudo sugere que sejam os pais do aluno que compareçam à escola para denunciar um suposto assédio aos diretores da escola. “Devemos agir com cuidado aqui: eu pessoalmente tive um caso mãe que entrou indignada com a falta do filho durante uma partida de futebol no recreio, e quis culpar o autor: o menino em questão, aquele que chutou a bola, é uma pessoa excelente, bonito. Conversamos com ele e ele nos contou o que já suspeitávamos: que era coisa de jogo e que não existia maldade”, conta a primeira professora desta reportagem.

Acena para seu parceiro Sevilha: “Segundo os clássicos: uma mãe ou um pai que chega até você como se o filho estivesse sendo apedrejado só porque um grupo de crianças da escola não os convida para sair. “Não é perseguição, é só a vida onde algumas pessoas se dão bem e querem dividir o tempo livre e outras não.”

“É uma pena sentar-se com uma família e dizer-lhes que o seu filho é um valentão.”

Professor cooperativo em Córdoba

O que acontece quando você tem certeza de que a máquina de perseguição destrutiva foi lançada? Isso é explicado pela terceira professora, desta vez da cooperativa. Córdoba capital. “A primeira coisa é transmitir a situação ao chefe de estudos e ao departamento de educação. Orientaçãoque aciona o protocolo e se reúne com os envolvidos, além de avisar todos os professores e abrir uma folha de anotações onde cada um anota suas observações”, detalha.

“É uma pena sentar-se com uma família e dizer-lhes que o seu filho é um valentão, que confiamos neles: isso já aconteceu comigo mais de uma vez, e é uma experiência muito desagradável, porque você sabe que está marcando para sempre o filho deles, e fica com dúvidas se está certo ou errado”, afirma, acrescentando que o que aconteceu com Sandra Pena reforçou a resposta do seu centro a este tipo de situação. “Conversamos muito sobre isso na escola: alguns colegas acreditam que é melhor sempre abrir o protocolo, que é melhor exagerar do que desfazer, porque senão o problema é nosso, e outros professores dizem o contrário”.