novembro 17, 2025
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“Não” a quatro perguntas referendo realizado neste domingo no Equador por iniciativa do presidente Daniel Noboa imposta em quatro questõesincluindo aquele que propôs a criação de uma Assembleia Constituinte para redigir uma nova constituição, recebendo 60% da atenção.

Na proposta da Assembleia Constituinte, o “Não” mantém uma grande vantagem (61,50%) sobre o “Sim” (38,50%), estendendo-se esta tendência a outras questões relacionadas com a possibilidade de criação de bases militares estrangeiras, onde o “Não” tem 59,94%, a abolição do financiamento estatal dos partidos políticos (57,59%) e a redução do número de deputados (53,15%).

Noboa, o instigador do referendo, acompanha a contagem num hotel da comuna de Olon, onde tem uma residência de praia e onde votou de manhã cedo, enquanto Luisa Gonzalez, ex-candidata presidencial pelo Correismo, principal força da oposição que fez campanha pelo Não, observa a contagem na sede do partido em Quito.

Os centros de votação funcionaram das 7h (12h GMT) às 17h. (22:00), num dia eleitoral que decorreu de forma pacífica, sem violência ou incidentes graves, e em que participaram 80% dos 13,9 milhões de eleitores chamados às urnas.

Noboa propôs iniciar o processo de adoção de uma nova Constituição Substituiu a atual Carta Magna, aprovada em 2008 por iniciativa do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), que está nos antípodas ideológicos do atual presidente.

Segundo os defensores da reforma, a nova Constituição e chegada de reforços militares estrangeiros O país andino vive uma escalada sem precedentes de instabilidade e violência, com previsões de que permanecerá no topo da América Latina em termos de taxas de homicídios, com 52 por 100.000 habitantes.

Por sua vez, o Movimento Correista da Revolução Civil (RC), a principal força de oposição, juntamente com organizações indígenas, liderou a campanha tanto contra a Assembleia Constituinte como contra as restantes questões do referendo.

No entanto, nos últimos vinte anos, foram realizados dez referendos no Equador, a maioria deles por iniciativa dos presidentes no poder, a fim de obter apoio popular para reformas que fazem parte do seu projecto político.

A reunião democrática ocorreu em contexto turbulento em que o crime e a insegurança executado no Equador, o que levou o Presidente Noboa a declarar um “conflito armado interno” em Janeiro de 2024 para combater as actividades do crime organizado, cujos gangues classificou como grupos “terroristas”.