novembro 18, 2025
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MADRI, 18 de novembro (EUROPE PRESS) –

O governo norte-coreano alertou na terça-feira que o programa nuclear em que a Coreia do Sul está a trabalhar com os Estados Unidos, que inclui a construção de um submarino nuclear pelo vizinho, representaria um “efeito dominó” na região, bem como uma “tentativa perigosa de confronto”.

Pyongyang refere-se a um acordo comercial e de segurança com os Estados Unidos que o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, anunciou na semana passada, que inclui planos para desenvolver navios de guerra nucleares.

“A posse de um submarino nuclear pela Coreia do Sul é uma manobra estratégica para a sua própria militarização nuclear, que irá inevitavelmente causar um efeito dominó nuclear na região e desencadear uma intensa corrida armamentista”, alertou Pyongyang, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

O governo norte-coreano indicou que este tipo de acordos são um sinal da “hostilidade” de Washington e Seul, bem como do seu interesse em desnuclearizar apenas o norte da península, e não todo, como repetidamente repetiram.

“O perigo de uma corrida armamentista nuclear global é a proliferação de armas nucleares num Estado não nuclear”, disse ele, referindo-se a Seul, que recebeu permissão para enriquecer urânio e reprocessar combustível nuclear usado ao abrigo desse acordo com Washington.

Além disso, garantiu que possuir um submarino nuclear é uma ambição “há muito desejada” da Coreia do Sul, e não uma medida para contrariar o acesso da Coreia do Norte a este tipo de arma. Da mesma forma, ela desonrou o seu vizinho ao adoptar uma atitude de “servo” em relação a Washington para atingir este objectivo.

Neste sentido, Pyongyang sublinhou que este novo acordo faz parte da “estratégia” dos EUA de usar a Coreia do Sul “como força de ataque” para alcançar os seus interesses na região Ásia-Pacífico.