A Turquia sediará as negociações climáticas anuais das Nações Unidas no próximo ano, já que a Austrália desistiu na noite de quarta-feira da corrida para sediar a conferência após um impasse prolongado.
Enquanto o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, falava na conferência da ONU, que este ano será organizada pelo Brasil, o ministro australiano do Clima e da Energia, Chris Bowen, anunciou à margem que o seu país se tinha retirado oficialmente.
Embora a Turquia tenha vencido a candidatura para acolher a conferência sobre o clima na cidade turística de Antalya, Bowen deverá servir como presidente das negociações do próximo ano, parte de um compromisso que ele disse ter sido elaborado com a Turquia.
“Obviamente seria ótimo se a Austrália pudesse ter tudo”, disse Bowen. “Mas não podemos ter tudo.”
Como presidente das negociações, Bowen disse que teria plenos poderes para “gerir as negociações, nomear co-facilitadores, preparar o projecto de texto e emitir a decisão de cobertura”.
O grupo ambientalista Greenpeace classificou o acordo como “muito incomum”.
“Qualquer que seja o fórum, seja quem for o presidente, a urgência e o foco não podem mudar, e a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e o fim da desflorestação devem estar no centro da agenda da COP31”, disse David Ritter, que dirige a Greenpeace Austrália-Pacífico.
A Etiópia foi anunciada como anfitriã da COP32 no início desta semana. Outras nações, incluindo a Índia, já se candidataram para acolher as conversações no próximo ano.
___
A cobertura climática e ambiental da Associated Press recebe apoio financeiro de diversas fundações privadas. A AP é a única responsável por todo o conteúdo. Encontre os padrões da AP para trabalhar com organizações filantrópicas, uma lista de apoiadores e áreas de cobertura financiadas em AP.org.
___
Esta história foi produzida como parte da 2025 Climate Change Media Partnership, uma bolsa de jornalismo organizada pela Earth Journalism Network da Internews e pelo Stanley Center for Peace and Security.