Embora as promoções incentivem as pessoas a comprar mais rapidamente do que o habitual, o dilema surge todos os dias: aproximar o cartão do dataphone, usar o Bizum ou deitar fora a nota de 10 euros. Num ano em que, segundo o Banco de Espanha, a utilização de numerário caiu de 65% para 57%, o debate já não é apenas sobre conveniência, mas também sobre segurança financeira e controlo de custos.
Neste contexto, a economista Maria Blanco voltou a alertar nos meios de comunicação sobre um risco oculto: usar o cartão de crédito para pequenas compras – um café, uma viagem de metro, uma garrafa de água – pode significar acumular, sem nos apercebermos, uma dívida no final do mês difícil de aceitar. “É melhor usar cartão de débito para todas as despesas diárias”, insistiu. Ainda não sabemos qual é o método mais seguro segundo dados oficiais, mas as fissuras já são visíveis.
O método de pagamento mais seguro segundo o Banco de Espanha e especialistas
| Variável | Valor | Data | Fonte |
|---|---|---|---|
| Usando dinheiro | 57% | 2025 | Banco da Espanha |
| Limite de pagamento atual | 1000 euros | Banco da Inglaterra 2021-2025 | Banco da Inglaterra |
| Caixas eletrônicos removidos | 1000/ano | 2024-2025 | Denário |
De acordo com a análise cruzada do Banco de Espanha, alertas Denaria e modelos de segurança financeira, **o método de pagamento mais seguro para o cidadão espanhol médio em 2025 é uma combinação de: um cartão de débito para uso diário e dinheiro como reserva online**, especialmente para pequenas compras e em situações em que é necessário um controlo absoluto dos gastos.
Por que a combinação débito + dinheiro é considerada mais segura?
- Controle instantâneo de equilíbrio: Os débitos são descontados instantaneamente, evitando dívidas ocultas.
- Menos suscetível a fraudes: Segundo o Banco de Espanha, existem significativamente menos casos de fraude de débito do que casos de fraude de crédito.
- Dinheiro como seguro: Denaria lembra que o acesso aos multibancos está a diminuir 1.000 unidades por ano, mas continua a ser um método sem intermediários e sem risco de pagamentos duplicados.
- Regras claras: O Banco de Inglaterra estabelece um limite legal para pagamentos em numerário de 1.000 euros, o que proporciona uma base estável.
Cartão de crédito: quando sim e quando não
O cartão de crédito, segundo Blanco, deveria ser reservado “para um móvel, um computador, uma compra importante”. E faz sentido: programas antifraude, garantias de compra e flexibilidade de pagamento o tornam útil para grandes transações.
Mas o seu risco reside na vida quotidiana. Uma despesa diária de café de 3 euros pode transformar-se em 90 euros por mês, o que, quando combinado com outras microimportações, aumenta o valor a pagar. O Banco de Espanha recorda nas suas orientações que os pagamentos diferidos com taxas de juro anuais elevadas (algumas superiores a 20%) podem rapidamente prejudicar o orçamento mensal.
Sinais de alerta de acordo com documentos oficiais
- Taxa anual acima de 18%-22%: Sinal típico de empréstimos rotativos.
- Retirada de dinheiro com crédito: multas elevadas em comissões.
- Por favor, não veja trechos: A agência recomenda fazer isso pelo menos uma vez por mês.
Como lembrou o Banco de Espanha em 2024: “O cartão de crédito é útil, mas não inofensivo. Precisa de ser utilizado estrategicamente”.
Dinheiro: liberdade que restringe
Maria Crespo, gerente do Denaria, insiste que “dinheiro é liberdade”. E esta não é uma frase menor: as restrições legais e o desaparecimento dos ATMs reduziram a sua presença não tanto por causa das preferências dos cidadãos, mas por causa da falta de acesso.
Em Espanha, a Lei da Habitação proíbe o pagamento de rendas em dinheiro. Além disso, algumas deduções fiscais já exigem que os fundos não sejam utilizados. Crespo denuncia que estas medidas perpetuam a “criminalização indireta do dinheiro” e lembra que a Suécia, país com mais de 80% dos pagamentos digitais, teve de corrigir a situação para garantir a soberania e a continuidade do sistema.
Num café próximo, o momento diário de pagar 2 euros por um café reflete como as decisões legais, bancárias e tecnológicas influenciam gestos mínimos que pareciam neutros há uma década.
Quando é apropriado usar dinheiro?
- Compras muito pequenas onde o controle é imediato.
- Interior com baixa cobertura de pagamento digital.
- Transações entre indivíduos dentro do limite legal de 1000 euros.
- Situações de falha de rede – cada vez mais comum em pequenas empresas -.
Pagamentos móveis: convenientes, mas não infalíveis
A comunicação móvel é sem dúvida o método que mais cresce. No entanto, a conveniência traz novos riscos: falsificações, aplicativos duplicados, desbloqueio de dispositivos e falhas de sincronização. O Banco de Espanha alerta que os pagamentos móveis devem ser configurados com dupla autenticação e restrições rigorosas.
Um analista da Foundation for Financial Research observou em 2025: “O telemóvel torna tudo mais fácil, mas também concentra mais riscos: identidade, serviços bancários, compras, tudo num só dispositivo”. De uma perspectiva de segurança abrangente, **o telefone celular não substitui os pagamentos por débito ou dinheiro: ele os complementa**.
E então? Regra de Ouro 2025
Tendo estudado todos os dados oficiais e opiniões de especialistas, a conclusão deste ano é clara:
A opção mais segura na Espanha é pagar diariamente com cartão de débito e guardar dinheiro como reserva. E reserve seu cartão de crédito para compras grandes e controladas.
A segurança depende não só do método, mas também do controle: visualizar extratos, saber limites, bloquear cartões do aplicativo e, principalmente, evitar usar crédito para compras mínimas.
Afinal, como resumiu Maria Blanco, “o café pago com o cartão errado pode não parecer nada… até chegar o relatório no final do mês”.