novembro 26, 2025
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Victor de Aldama tem menos de 48 horas para reunir provas contra o governo e apresentá-las durante seu comparecimento amanhã ao Tribunal Nacional. O juiz Ismael Moreno entregou ao empresário um disco rígido contendo cópia de seus telefones celulares o que eram eles preso em fevereiro de 2024. Um especialista está analisando esses dados em tempo real, na tentativa de obter mais provas contra Angel Victor Torres, segundo fontes investigativas disseram à ABC.

A volta dos celulares foi objeto de desejo dos protagonistas do caso Koldo. O ex-assessor de Abalos e o próprio ex-ministro exigiram repetidamente acesso ao conteúdo dos seus dispositivos para se protegerem. Alguns desses terminais têm conversas sensíveis com Primeiro Ministro Pedro Sánchez.

As constantes recusas por parte dos juízes tornaram-se uma tendência geral. Da mesma forma, manifestaram o seu desamparo por não terem conseguido responder às acusações televisivas de Claudia Montes.

Graças a este panorama, Victor de Aldama foi o primeiro a recuperar informações dos seus terminais. O empresário já adquiriu um aparelho associado ao área de hidrocarbonetos e agora tem à sua disposição uma memória com informações que a Guardia Civil lhe apreendeu em fevereiro de 2024, quando foram feitas as primeiras detenções.

O réu no caso Koldo possui cópias do conteúdo de dois telefones: iPhone 15 Pro e iPhone 13 Pro. Esta informação está em poder do perito Gustavo Martinez, que é confidente de Aldama em relação aos seus aparelhos.

Nesse caso, o empresário tem 48 horas para coletar novos dados contra o governo de Pedro Sanchez. O objetivo deles parece claro: reunir mais provas contra Angel Victor Torres. “Eles nos deram algo esta manhã e agora estamos trabalhando um pouco. Surpresas estão chegando”Aldama postou nas redes sociais. Incluído com a imagem estava um disco rígido de grande capacidade.

As ações do ex-presidente das Canárias e do atual ministro do governo serão analisadas pelo juiz Ismael Moreno. A declaração de Aldama procura esclarecer os detalhes que foram recolhidos pela Guarda Civil no seu relatório sobre a aquisição de medicamentos pelo executivo regional das Canárias.

Compra de máscaras nas Ilhas Canárias

Assim, os investigadores analisaram as diversas conversas que Angel Victor Torres trocou com Koldo Garcia. O atual ministro mostrou-se interessado em pagar aos parceiros da Aldama pela compra de máscaras. Outros altos funcionários do seu governo intercederam com mais frequência em nome destes empresários.

Um dos objetivos de Aldama é obter provas que sustentem o seu depoimento, no qual destacou que Torres exigiu o pagamento de uma determinada quantia por este material médico. Uma quantia que ele se recusaria a pagar ao atual ministro.

Tribunal Instrucional nº 2 do Tribunal Nacional conduz o processo filiais nas Ilhas Canárias no caso Koldo. As faturas destas aquisições têm um valor superior a 12 milhões de euros.

A missão do empresário em seu próximo depoimento é continuar a cooperação com a justiça para esclarecer os fatos e fornecer o máximo de provas possível. Por isso, ele pediu para restaurar as informações em seus dispositivos móveis.

Aldama guarda mais provas, que são guardadas por pessoas em quem confia.

Nas suas últimas declarações à comunicação social, Aldama admitiu mesmo que há mais informações que não está no poder da Guarda Civil. Alguns dados que podem estar em poder de terceiros, segundo fontes da investigação, disseram à ABC.

A intenção do empregador é fornecê-lo quando os motivos forem mais graves. A cooperação do ex-presidente Zamora foi reconhecida pela Procuradoria Anticorrupção nos seus escritos. Os promotores pedem sete anos de prisão, menos da metade do valor que pedem para as outras duas pessoas sob investigação.

Aldama antes da sua aparição no Parlamento das Ilhas Canárias

Miguel Barreto

Nesse caso, a pena será mitigada por uma circunstância atenuante – a confissão, como afirmou o promotor em sua acusação. “Ele admitiu os fatos que lhe são atribuídos, fornecendo informações detalhadas sobre relacionamentos de longo prazo que apoiou com Abalos e Koldo Garcia o início deste processo e um acordo com eles para celebrar contratos ou adotar resoluções que satisfaçam os seus interesses pessoais”, diz o texto.

No entanto, manifestou a sua disponibilidade em fornecer esses dados para que o caso continue a avançar. Aldama continua sendo julgado no Supremo Tribunal junto com Koldo Garcia e José Luis Abalose no Tribunal Nacional de Hidrocarbonetos.