novembro 26, 2025
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Membros da Polícia Judiciária do posto principal de Las Rozas investigam a extensão da denúncia apresentada em relação ao suposto abuso sexual de uma criança de 6 anos no centro educativo do município. Os pais da vítima apontam para dois estudantes de quinta série, de 11 anos, como os culpados dos acontecimentos. Além disso, a ABC descobriu que havia um terceiro aluno da escola primária que supostamente gravou o incidente em um telefone celular.

Além da gravidade do incidente, importa referir que os denunciados com menos de 14 anos não enfrentam qualquer responsabilidade criminal. Ou seja, não podem ser levados à justiça, embora não possam ser detidos. Os seus pais são informados da situação e, em última instância, podem ficar sob supervisão de especialistas se as autoridades judiciais assim o entenderem.

Na verdade, há duas reclamações dos pais de um menino de 6 anos. Por um lado, sobre os colegas da Escola Pública San Jose, localizada no bairro Las Matas; Por outro lado, foi apresentada queixa contra a direcção do centro por alegada negligência na monitorização do que se passava no seu interior. Fontes entrevistadas indicam que San José já registrou outros episódios de abuso físico (não sexual, pelo que se sabe) contra jovens estudantes: na verdade, está em contato com outros pais que afirmaram que seus filhos sofreram algum tipo de lesão, embora não tenham ligação com os estudantes atualmente denunciados.

A história estourou há poucos dias, em meados de novembro, quando os pais do menor, que está no primeiro ano do ensino fundamental, constataram que ele apresentava hematomas, inchaços e sinais de impacto, informou ontem a rede Ser e o ABC conseguiu confirmar junto a fontes policiais. Perguntaram-lhe, e o menino, muito assustado, não só explicou esses sinais, mas também contou uma história arrepiante sobre as humilhações a que os mais velhos do pátio o submeteram. Eles o forçaram a cometer atos que só podem ser qualificados como violência sexual, observam os mesmos informantes.

Da mesma forma, está sendo investigada a possibilidade de um terceiro, que, embora não envolvido ativamente na violência, tenha sido o responsável pela gravação de alguns desses episódios. Devido ao seu aspecto, é impossível que os vídeos sejam carregados nas redes sociais, embora seja possível que estejam em alguns terminais móveis. Esta é mais uma consequência do acesso indiscriminado dos jovens e até dos adolescentes à pornografia. Os especialistas condenam este aviso há anos e responsabilizam os pais pelo que os seus filhos possam fazer.

Outros casos possíveis

Os investigadores da Guarda Civil estão a preparar um relatório obrigatório, que inclui depoimentos da vítima, dos alegados envolvidos e de outros pais, bem como da restante comunidade educativa. A vítima, como acontece em muitos casos semelhantes, teve que deixar de frequentar as aulas na Escola Pública de San Jose. O outro extremo, que está sendo investigado, é se há mais casos. Além disso, embora o caso tenha sido resolvido há poucos dias, tudo indica que estes acontecimentos podem ter começado no início do ano letivo, em setembro, quando o menor iniciou a primeira série do ensino fundamental nas Escolas Públicas de San José.

No dia 18 de novembro, o centro emitiu uma mensagem interna a todos os pais. Quiseram enviar uma mensagem de “calma” e sublinharam que todas as ações necessárias estão a ser tomadas, bem como seguir as instruções oficiais e garantir a proteção e o bem-estar dos alunos.

O Ministério da Educação observa que garante que o protocolo sobre violência sexual seja rigorosamente seguido. O Ministro da Presidência, da Justiça e representante do executivo regional, Miguel Angel García Martín, confirmou que o centro fornece toda a informação de que dispõe e apelou à prudência.