novembro 26, 2025
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O Tribunal Nacional (AN) ofereceu-se para fazer parte do painel até 22 pessoas como membros e funcionários propostos organização criminosa que teria roubado mais de 194 milhões de euros no período de 2021 a 2024 no pagamento do IVA sobre hidrocarbonetos.

É o que afirma um acórdão recolhido pela Europa Press, o chefe do Tribunal Central de Instrução n.º 4, José Luis Calama, que considera que há sinais suficientes julgar pessoas sob investigação por supostos crimes de organização criminosa contra o erário estadual e falsificação de documentos.

O juiz de instrução aponta os réus Javier Garcia, Israel Ocaña de Novoa e Javier Gonzalez. como líderes da organização e “os verdadeiros arquitetos da fraude fiscal”.

Quanto aos outros arguidos, Kalama salienta que estes alegadamente se dedicaram criação de sociedades e compra e venda de ações entre elas“envolver e coordenar administradores insolventes, preparar contas, abrir contas bancárias” ou atuar como testa de ferro.

“Monopolização do Mercado”

O juiz salienta que “os valores de IVA recebidos em resultado das transações não foram creditados ao erário do Estado. recebido da venda de hidrocarbonetos correspondente aos anos de 2021 a 2024 inclusive, cujo valor ascende a 194.141.486,50 euros.

Ao fazê-lo, prossegue, os arguidos obteriam “maiores lucros nas suas vendas comerciais, além de uma certa monopolização do mercado ao eliminar, pelo menos parcialmente, a concorrência de terceiros incapazes de oferecer um preço igual ou inferior ao seu porque o produto foi vendido abaixo do custo”.

Os participantes da suposta conspiração criminosa “criaram empresas instrumentais de primeiro nível”, disse Kalama. Entre eles estaria Energia R5 e Combustível Omega que, “na qualidade de fornecedores, são responsáveis ​​pela aquisição de hidrocarbonetos em entreposto fiscal com impostos especiais na modalidade de diferimento e isenção de IVA”, salienta.

O juiz explica que então extraíram dinheiro desse depósito financeiro pagando impostos especiais. mas trapaceia no IVA “através da intervenção de outras empresas de ferramentas de segundo nível que atuam como profissionais de marketing.”

“A tarefa deste último era transferir a mercadoria adquirida ao comprador final, simulando vendas reais com nota fiscal falsa, a fim de ocultar o fato da fraude”, ressalta o magistrado.

Abra artigo separado sobre suposta lavagem de dinheiro

Em relação à lavagem de dinheiro, a professora decidiu abrir um tópico separado. processar este crime separadamentePor exigir uma investigação mais detalhada, “implica a emissão de diversas cartas rogatórias, o que inevitavelmente atrasará a investigação”, afirma o despacho.

Da mesma forma, ele abre o processo principal contra os dois acusados, embora avise que ambos podem ser explorados em um artigo sobre lavagem de dinheiro.

O magistrado, que abriu este processo em julho de 2024 após denúncia da Procuradoria Anticorrupção, explica no seu acórdão que a operação desencadeada pelos arguidos “tem como objetivo evitar deliberadamente o recebimento do IVA recebido pela venda de hidrocarbonetos ao erário público”.

Recorde-se que o Tribunal Nacional também está a investigar vários outros casos de alegada fraude ao IVA sobre hidrocarbonetos.como o que Villafuel faria e no qual é acusado o suposto culpado do caso Koldo, Victor de Aldama.