dezembro 1, 2025
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No Terceiro Reich, choveram gotas de água e granadas alemãs, mas nem todas as granadasFührer' não deixaria Ernie Leppard perder seus bons hábitos. Em tempos normais, este inglês parou o seu tanque e preparou-se para atacar. Chá forte na torre. Poucos minutos depois ele entrou na batalha e ordenou fogo contra a posição inimiga. “Nós explodimos este lugar até que ele desaparecesse!” ele escreveu. Ele finalmente adormeceu naquele caixão de aço no meio do frio e acordou com o nascer do sol, pronto para a próxima batalha.


  • Autor
    James Holanda
  • Editorial
    Reserve o sótão
  • Ano
    2025
  • Páginas
    699
  • Preço
    34,95 euros

“Leppards” é apenas uma entre centenas de vidas de tripulantes de tanques, sem o menor exagero, que contém outro ensaio do historiador James Holland sobre a Segunda Guerra Mundial:irmãos de armas'. A obra, resultado de mais de 15 anos de investigação sobre o Sherwood Ranger Regiment, unidade blindada inglesa que participou da maior parte das batalhas durante o conflito, já foi traduzida para o espanhol. E da mão de Atico de los Libros, sempre fiel na Espanha, a quem se tornou um dos historiadores militares mais reconhecidos da Europa graças ao programa de Megaestruturas nazistas.

“Brothers in Arms” preserva o clássico estilo holandês: revela em detalhes um episódio da guerra. E faz isso, como sempre, no estilo mais puro do eminente historiador Antony Beevor: reunindo as experiências dos diversos membros da unidade e conduzindo o leitor numa viagem do particular ao geral. Assim, através do testemunho de personagens como Peter Celery, que lia poesia de Shakespeare quando ia para a batalha, ou Mickey Gold, que fez sorrir os seus camaradas ao mostrar-lhes o livro do Ursinho Pooh que guardava na mochila, o especialista revela como era a vida dentro de um tanque aliado.

Band of Brothers é uma leitura dolorosa, mas impossível de largar. Holland descreve o conflito com vivacidade, embora com tal realismo que sobrecarrega os sentidos. Ele consegue passar páginas e páginas explicando a história familiar de um soldado que, pouco depois, é queimado vivo em um tanque Sherman. Sua mão cheira a gasolina, pólvora e suor. Porém, às vezes sofre com a formalidade de um historiador militar apaixonado pelos movimentos das tropas. Mas mesmo isso não pode manchar a obra, que não tem nada a invejar ao clássico “Blood Brothers” de Ambrose.