dezembro 2, 2025
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  1. Uma jornada cheia de contradições
  2. Ação judicial e silêncio administrativo
  3. Conselho repreende trabalhistas por esconderem dados
  4. Sombra sobre a comitiva de Diaz
  5. A questão principal é: quem paga a viagem?
  6. Precedente para outras viagens

Isto é o que foi ordenado Conselho para a Transparência e Boa Governaçãoquem apreciou duas reivindicações apresentado após o silêncio de seu ministério.

Conforme consta na resolução a que a Confidencial Digital teve acessoO Partido Trabalhista não respondeu dentro do prazo a nenhum dos pedidos feitos através do Portal da Transparência, obrigando o Conselho a intervir e a exigir a divulgação de detalhes ocultos da medida.

Uma jornada cheia de contradições

A viagem, realizada no último fim de semana de junho, foi incluída na programação oficial do governo. Vice-Presidente e Ministro da Cultura, Ernest Urtasuneles foram para a Hungria para apoiar a comunidade LGBT”face às tentativas do governo de Viktor Orbán de proibir eventos de orgulho“, como afirmaram na época.

Ambos participaram de evento no dia 27 de junho em Centro Cultural Eötvös 10organizado e financiado pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Pedro Zerolo. Três curtas-metragens foram exibidos como parte do evento:Violetas, Bullying (quinta carruagem) E Bandeira— dedicado à identidade, memória e liberdade.

Após o evento, a Câmara Municipal de Budapeste organizou uma recepção e, no dia seguinte, Díaz e Urtasun realizaram uma reunião com o prefeito. Gergely Karácsony.

Mas enquanto aconteciam eventos públicos na Hungria, um emaranhado de contradições começou em Madrid. O Ministério da Cultura negou mesmo o caráter oficial da viagem, apesar de estar na agenda da Moncloa.

O Partido Trabalhista, por sua vez, reconheceu o deslocamento como institucional, embora tenha afirmado que arquivo de despesas não foi criadobem como Cultura. A bola passou de um departamento para outro e ninguém ofereceu uma versão clara.

Ação judicial e silêncio administrativo

É este silêncio que constitui o fio condutor das resoluções do Conselho. O primeiro pedido, protocolado em 30 de junho, solicitava custo total da viagemcom uma repartição de transportes, alojamento e serviços.

O Ministério do Trabalho não respondeu. Como consta na resoluçãoO Conselho teve que lembrar que a lei exige uma resposta no prazo máximo de um mês e que este atraso viola um direito constitucional fundamental: o acesso à informação pública.

A segunda solicitação, registrada em 27 de junho, pedia informações mais detalhadas: lista completa dos membros da comitiva, documentação que justifique a necessidade de viagem e uma mensagem feita para Presidente do Governo para sua permissão. O trabalho também não respondeu.

Ambas as reivindicações foram apresentadas ao Conselho em agosto. Em ambos os casos, o órgão independente solicitou ao ministério o dossiê completo e os encargos relevantes. Também não houve resposta. Páginas inteiras de resoluções falam da absoluta falta de cooperação por parte do departamento de Diaz.

Conselho repreende trabalhistas por esconderem dados

O Conselho não se limita a ordenar a entrega de informações: critica posição do Ministério do Trabalho. Ambas as resoluções enfatizam que a administração não pode “prejudicar injustificadamente” o direito de acesso e que qualquer restrição deve ser “proporcional” e “justificada”, citando mesmo a jurisprudência do Supremo Tribunal.

Neste caso, insiste a agência, não há fundamentos legais para refutar a informação.

É por isso, avalia totalmente as reivindicações e obriga o Trabalhista a fornecer todos os dados solicitados no prazo de dez dias úteis: custo, nomes e funções complementares, justificativa para a mudança E comunicação com o presidente. Caso não cumpra, o caso poderá ser encaminhado para processo administrativo.

Sombra sobre a comitiva de Diaz

O mistério de quem acompanhou o vice-presidente tornou-se outra peça fundamental do caso. Vozpopuli já informou que o ministério se recusou a revelar as identidades das pessoas que viajaram com ela.

Ele apenas afirmou que Diaz era “juntamente com um grande grupo de eurodeputados e representantes políticos nacionais e regionais“proteger os direitos fundamentais.

Porém, a solução requer conhecimento todos os nomes de funcionários públicos de nível 28 ou superior E o número e funções dos restantes camaradas, cujas despesas foram cobertas por dinheiro público. Como consta na resolução Segundo este jornal, o ministério deverá disponibilizar esta lista na íntegra.

A questão principal é: quem paga a viagem?

O conselho também observa que o Partido Trabalhista deve fornecer documentos comprovativos que expliquem por que o vice-presidente teve de viajar para Budapeste para “desempenhar melhor as suas funções”.

Este requisito torna-se especialmente relevante uma vez que Trud e Culture garantiram publicamente que A administração não foi cobrada nenhuma despesa.apesar de ter sido uma viagem que ambos defenderam como oficial.

A decisão de gastos aumenta a pressão: se não houve gastos do governo, o ministério deve documentá-los. E se houvesse, então deveria ser explicado com números exatos.

Precedente para outras viagens

Este caso não é isolado. No final do verão Alvo informou que o Conselho de Transparência exigiu que o ministério esclarecesse os custos de mais sete viagens de Diaz, entregue à França, Suíça, Senegal, Itália, México, Pontevedra e Granada. O Departamento do Trabalho forneceu apenas informações sobre a mudança para o México.

A viagem a Budapeste veio assim juntar-se a uma lista crescente de pedidos de informação cujas respostas foram atrasadas, criando um padrão de opacidade que o Conselho tenta agora corrigir.