Ainda pouco confiável na defesa, mas mais intenso no ataque após o retorno de Raphinha, a presença de Pedri revitalizou o Barcelona de Hansi Flick. Frente ao Atlético Madrid, num jogo que por vezes contou com o Barça da época passada, mas sem um líder defensivo, Pedri impressionou a equipa ao realçar as forças ofensivas e mascarar as fragilidades defensivas. E, como se não bastasse, contribuiu para os dois gols.
“Estou muito satisfeito. A importância da chegada de novos jogadores. Há alguns que tivemos que mudar não cem por cento. Controlamos mais, criamos mais espaços. Foi muito positivo”, analisou Flick. E acrescentou: “Acho que nosso desempenho atingiu outro nível. Jogamos contra um grande time. Lutamos juntos e foi isso que vi hoje. Foi ótimo, fantástico.”
Antes da visita do Atlético, Flick fez questão de pressionar. Ele queria que seus meninos coordenassem o ataque e estivessem prontos para atacar rapidamente, principalmente após o retorno de Raphinha. “Acho que quanto mais pressionarmos, mais próximos estaremos do gol do adversário. E assim teremos mais oportunidades de fazer gols”, comentou. “Rafinha é um jogador muito importante para nós. Tê-lo de volta é ótimo para o time. Pudemos vê-lo hoje, mas também o vimos no último jogo. Estou muito feliz”, disse Flick. A presença do brasileiro no ataque é tão essencial para a ideia de Flick quanto a presença de Pedri.
Depois de testar sua forma contra o Alavés (30 minutos), Flick não hesitou em mandá-lo para o campo desde o início do jogo contra o Atlético. “Sei que ele pode não estar 100%, mas vai nos ajudar”, explicou o técnico alemão às vésperas da partida contra a equipe de Simeone. Segundo fontes do vestiário, o acordo entre Flick e Pedri estipulava que ele jogaria apenas 75 minutos. Porém, aos 71 anos, ele perdeu a consciência.
“Pedri está bem, está um pouco cansado. Olmo está com problemas no ombro, veremos amanhã”, disse Flick. Chegou a Barcelona. A ideia de Flick era aproveitar ao máximo a décima primeira gala. De qualquer forma, ele não contava com a perda inesperada de De Jong. Sem o holandês, Eric ficou ao lado de Pedri no meio-campo, sempre atento para recuar e entrar no centro da defesa para complementar Kubarsi e Gerard na distribuição de bola.
Ele não consegue escapar da bola e não consegue voltar para a defesa. Sem De Jong, Eric Garcia deu liberdade a Pedri. O canarino escolheu as melhores opções defensivas, sempre atento à entrega de Lamine, Olmo e Raphinha: chave da equipe para a vitória sobre o Atlético.