dezembro 3, 2025
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Esta quarta-feira, o Ministro da Educação, Cultura e Desporto, Amador Pastor, presidiu à assinatura de um acordo técnico entre o Conselho Comunitário de Castilla-La Mancha e instituições dedicadas à prevenção, intervenção e monitorização do bullying. UM uma nova tabela técnica que ““nasceu com vontade de ir além da sala de aula”.

O pastor explicou que “o protocolo educativo está consolidado desde 2017, fomos pioneiros como comunidade autónoma, mas a prevenção do bullying e as ações anti-bullying não são da exclusiva responsabilidade do sistema educativo. Queríamos mostrar que não estamos sozinhos”.

Desta forma, quis destacar a participação do Governo de Castela-La Mancha, das Forças e Órgãos de Segurança do Estado, da Polícia Nacional e da Guarda Civil e do Ministério Público. “Não podemos continuar a considerar estas situações como ‘coisas infantis’. Eles são importantes e, em muitos casos, levam a reclamações e ações judiciais”, enfatizou Pastor.

Neste contexto, ele enfatizou que bullying 'é um problema social'que vai além dos espaços de convivência do centro educativo e do horário escolar. “Isso acontece nas ruas, nas comunidades, em ambientes digitais. É por isso que devemos garantir um ambiente educacional seguro, bem como um ambiente social livre de violência.”

Por isso, argumentou que estruturas fortes e estáveis ​​garantem melhores resultados. “Este passo nos permitirá oferecer uma resposta abrangente que vai além de qualquer consulta. O bullying é uma violação grosseira dos direitos das crianças. Não podemos simplificá-lo com expressões como “é coisa de criança”. Falamos de medo, isolamento, humilhação, dor e feridas que nem sempre são visíveis.

De acordo com os dados fornecidos pela Amador relativos a 2024, existe uma linha de apoio 116 111 – para crianças e adolescentes sobre esta e outras problemáticas, que funciona 24 horas por dia. 257 denúncias de assédioantes do qual foram tomadas medidas adequadas

O Conselho Técnico terá um mecanismo estável de avaliação contínua e reunir-se-á pelo menos uma vez por semestre. “Este espaço vai garantir que nenhum caso fique sem atendimento. Isto garante rigor, segurança jurídica e celeridade na intervenção”, afirmou o conselheiro.

Lei de Proteção Digital de Menores

Por sua vez, o Procurador-Geral de Castela-La Mancha, Emilio Fernández, sublinhou a “necessidade urgente de iniciar um trabalho coordenado” para prevenir, intervir e monitorizar o bullying. “Recebi esta iniciativa com particular satisfação e desde o início manifestei a total disponibilidade da Procuradoria-Geral do Estado, e em particular da Procuradoria-Geral de Castela-La Mancha, em cooperar plenamente na consecução deste objetivo comum”, afirmou.

O procurador lembrou que a proteção de menores é uma área “onde permanecem áreas significativas de falta de proteção”. Um deles é justamente prevenir o bullying, especialmente em contextos onde a violência se estende ao ambiente digital. “Está em elaboração um projeto de lei orgânica sobre a proteção de menores na esfera digital, uma realidade que exige fiscalização, critérios uniformes e ação coordenada”, explicou.

Lembrou também que o sistema educativo tem protocolos específicos, como o protocolo do Conselho das Comunidades de 2017 ou o regulamento interno da Universidade de Castilla La Mancha, mas insistiu que “a realidade do bullying ainda é muitas vezes escondida”. “Os números são alarmantes. Tanto na polícia como no Ministério Público enfrentamos um problema significativo: o problema do conhecimento. “Se não conhecemos os factos, não podemos agir.”

Por isso, sublinhou que a mesa técnica representa “o primeiro passo para o desenvolvimento de um acordo ou protocolo de atuação conjunta entre autoridades educativas, policiais e financeiras”. Esta ferramenta, disse ele, deverá permitir-nos alcançar “o que nem sempre conseguimos atualmente”.

perseguindo 24 horas por dia, 7 dias por semana

O promotor insiste que existe uma “realidade desconhecida, cotidiana e generalizada” de bullying e outras formas de assédio, como cuidado. “O bullying não se limita mais ao playground ou à sala de aula; mudou para o modo 24 horas por dia, 7 dias por semana. Quando o dia escolar terminar, continue nas redes sociaisem grupos de mensagens em plataformas como Instagram, TikTok ou WhatsApp.

Perante isto, defende a criação de canais de comunicação eficazes entre os centros educativos, as forças de segurança e o Ministério Público. “Esconder, minimizar ou pensar que “isto são coisas de criança” é um erro gravíssimo. Os resultados estão aí: automutilação, tentativas de suicídio, situações de isolamento, principalmente entre as meninas, que são principalmente vítimas.

Ele enfatizou que a resposta institucional nunca pode recair sobre a vítima. “Muitas vezes a perseguição “termina” quando a vítima sai do centro. Isto é inaceitável. Temos uma forte vontade de agir. “A violência digital, a violência baseada no género, a protecção dos menores e dos mais vulneráveis ​​são as prioridades do Ministério Público.”

Por último, agradeceu a participação de todas as instituições e manifestou esperança de que em 2026 possa ser assinado um acordo que fortaleça os canais de comunicação para além dos actuais protocolos educativos. “O assédio não tem a ver com horários ou edifícios de escritórios; nem as nossas respostas deveriam.