Uma preocupação sobre a mudança para dois tempos de 30 minutos é que a pegada de uma partida teoricamente não teria um ponto final fixo.
Mas será que esse é realmente o caso?
Utilizamos o tempo médio de um jogo da Premier League – 100 minutos e 46 segundos – como base de comparação.
Com um relógio de 60 minutos que parava quando a bola saía e reiniciava quando ela voltava, uma partida com tempo médio perdido para escanteios, cobranças de gol e cobranças laterais duraria 98 minutos e 35 segundos.
Adicione o tempo médio de cobrança de falta e não estaríamos muito acima de 100 minutos e 46 segundos. Portanto, com base nesses números, a pegada do jogo não seria muito maior do que é agora.
Mas é claro que esse é o jogo médio. Se voltarmos ao exemplo anterior do Slavia Praga contra o Arsenal, teria demorado mais de duas horas.
Esta incerteza sobre o tempo de jogo dos jogos – especialmente os disputados à noite – não é boa para os adeptos.
Também não podemos prever como o comportamento dos jogadores mudaria. Sem o benefício directo de perder tempo, ainda veríamos extremos como os daquela banda europeia em Praga? Ou seria pior, porque uma reinicialização rápida não faz diferença?
Talvez o maior problema para os torcedores nos jogos – pelo menos no estado atual – seja saber há quanto tempo o jogo está acontecendo.
Muitos campos têm apenas um relógio de estádio que não é visível de todas as arquibancadas e, à medida que você avança nas divisões, a seleção é ainda menor.
Neste ponto, os torcedores têm pelo menos uma ideia aproximada do tempo que se passou em uma partida e recebem o tempo de acréscimos dos tabuleiros aumentado em 45 e 90 minutos. Sem um relógio de jogo visível, seria muito mais difícil saber quanto tempo resta.
E isto se torna um grande problema, especialmente no nível popular.
A Major League Soccer tentou uma versão disso nas primeiras temporadas, desde seu lançamento em 1996 até 1999.
O cronômetro começou às 45h00 e fez contagem regressiva até zero e foi pausado quando o árbitro julgou necessário, como durante uma paralisação significativa por lesão.
Porém, diferentemente da ideia dos 60 minutos, esta versão não levou em consideração que a bola estava fora de jogo durante o andamento geral do jogo.