Dezembro trouxe um aumento significativo na atenção aos serviços sociais na capital. Na segunda-feira, 14 psicólogos compareceram aos centros municipais. Além desse número, o importante é que a ABC aprendeu, pela primeira vez … Ao mesmo tempo, esta figura profissional está integrada nos serviços oferecidos pela Câmara Municipal às pessoas com dependência económica, física ou emocional.
Assim, a partir desta semana, os utentes de alguns centros espalhados por seis concelhos vão receber cuidados mais “especializados”, dado que estes novos especialistas irão tratar casos mais complexos e identificar patologias como depressão ou comportamento suicida. Por exemplo, se identificarem problemas de solidão indesejada em pessoas idosas ou casos de falta de independência em pessoas que representem uma situação de grave vulnerabilidade. A partir dessa detecção, outros recursos mais especializados podem ser acionados para amenizar tais situações.
Embora o atendimento não seja personalizado, o papel do psicólogo nestes casos é “fundamental para poder intervir às pessoas que têm dificuldades no processo de intervenção”, conforme explicado em Política Social, Família e Igualdade, o que contribuiu para a entrada destes profissionais nos serviços sociais.
O seu trabalho é assim complementado pelo já realizado pelo pessoal, que sempre incluiu assistentes sociais e ao qual se juntaram recentemente pedagogos sociais. Mas acima de tudo, fortalece-o, pois permite que outros especialistas se especializem nas suas tarefas. Paralelamente, trabalharão em conjunto, pois novos psicólogos e educadores sociais, juntamente com assistentes sociais, farão parte de equipas de acompanhamento intensivo que considerarão casos que requerem intervenção interdisciplinar.
Neste momento aderiram os primeiros 14 psicólogos, distribuídos em seis bairros da capital: Carabanchel (em três centros), Puente de Vallecas (em quatro), Latina (em três), Villaverde (em dois), bem como no centro em Usera e outro em San Blas. Porém, a meta do governo municipal é atrair 40 especialistas, um para cada centro de serviço social disponível na capital.
“Neste plano estratégico de serviços sociais, comprometemo-nos a aumentar significativamente o quadro de pessoal nos centros para que possamos concentrar-nos mais nos utentes e estamos a cumprir isso. Com a inclusão de uma nova figura profissional nos centros, um psicólogo, estamos a tornar esta assistência aos cidadãos mais abrangente, respondendo às necessidades de cada vizinho e especialmente daqueles que vivem situações de maior vulnerabilidade”, disse à ABC o delegado regional José Fernandez.
Esta é a obrigação do chefe de distrito que, segundo o plano aprovado em maio de 2024, já previa a contratação de 329 novos especialistas até 2027. Assim, desde então e até ao final do ano, surgiram 235 novos trabalhadores nos serviços sociais da capital. Além disso, em 2026 está prevista a atração de mais 13 psicólogos, 26 educadores sociais, 13 coordenadores técnicos e quatro coordenadores de inclusão social.