Atuações como a vitória corajosa de Chris Duncan sobre Mateusz Rebecki há quatro meses podem definir um lutador.
Em uma batalha brutal que deixou os dois lutadores ensanguentados e machucados, foi o escocês Duncan quem levantou a mão como candidato à luta do ano.
Fãs e especialistas elogiaram Duncan pela coragem e determinação que demonstrou, enquanto Duncan diz que até sua equipe técnica ficou surpresa com o nível de seu desempenho.
“Acho que meu parceiro de treino, Robert Whiteford, não sabia que eu era capaz de fazer isso e depois me elogiou”, disse Duncan à BBC Sport.
Duncan, porém, não ficou surpreso com seu desempenho.
Ele sabia do que era capaz porque o trauma que experimentou como lutador amador construiu a resiliência necessária para superar os desafios mais difíceis da vida.
Em 18 de abril de 2014, um dia antes da estreia amadora de Duncan, sua mãe Elaine foi assassinada pelo namorado James Morley, que recebeu prisão perpétua pelo crime.
“Eu ainda continuei a luta no dia seguinte. Muitas pessoas teriam desistido naquele momento”, disse Duncan.
“Ganhei a luta e lembro-me de estar no clube depois com algumas garrafas de cerveja. Eu era pastor na época e pensei: 'Essa vida não é mais para mim'.
“Eu trabalho duro e minha vida pode ser tirada de mim a qualquer momento.”