O escritor e jornalista Alfonso Ussia morreu em Ruiloba, Cantábria, aos 77 anos. “Escritor madrileno, andaluz, basco e montanhista por vocação”, definiu-se no seu perfil na rede social X. Segundo o obituário publicado em Debatemídia conservadora da qual atualmente era colunista, Ussia quis participar da conversa pública até o fim, ditando à filha Isabel até ficar sem voz, quando a doença não lhe permitiu mais digitar. A sua última mensagem foi publicada na passada terça-feira e foi sobre o humorista Miguel Gila.
Alfonso Ussia, nascido em 1948, era o segundo filho de Luis de Ussia y Gavalda, II Conde dos Gaitans, leal a Don Juan de Bourbon, e Maria de la Asunción Muñoz Seca y Ariza. Por parte de mãe, era neto do dramaturgo Pedro Muñoz Seca; primo do escritor Borja Cardelus; sobrinho do tenente-general Jaime Milanza del Bosch y Ussia e pai do escritor e colunista Alfonso J. Ussia.
Frequentou as escolas Pilar e Alameda de Osuna, formando-se em direito e depois em jornalismo, embora não tenha se formado em nenhuma delas. Sua carreira jornalística começou em um jornal. Informação (sob a liderança de Jesus de la Serna e com Juan Luis Cebrian como vice-diretor), tornou-se posteriormente colunista do jornal ABC, trabalhou em jornais Diário 16 E Jáe para revistas Províncias, Costa E Crocodilodo qual ele era o diretor. Ele também foi colunista do Causano semanal Tempoou em Debate. Seu estilo era colorido por um humor agudo e um espírito satírico, que recebeu amplo reconhecimento.
Colaborou em programas de rádio e televisão como Personagens principais E Bússolatanto na Onda Cero quanto Este país precisa de renovação da Telecinco, onde foi acompanhado por Antonio Mingote, Antonio Osores, Chumi Chumes, Luis Sanchez Polak (Tip), José Luis Coll e Miguel Durán. Ele também criou a série de televisão Marquês de Sotoancho (2000) e porta em porta (1999).
Entre seus livros satíricos Contrato de boas maneiras, instruções para um ecologista trabalhador ou Memórias do Marquês de Sotoancho. Os seus prémios incluem o Mariano de Cavia, o Prémio González Ruano de Jornalista, a Medalha de Ouro da Comunidade de Madrid, a Grã-Cruz do Mérito Naval com Distintivo Branco ou a Grã-Cruz da Ordem de Dos de Mayo.