dezembro 6, 2025
pradas-cuenca_20251205144648-U74417764751kTz-1024x512@diario_abc.jpg

Quatro horas antes do lançamento da tardia mensagem ES-Alert, centrada na ação de danos, o Serviço de Urgência da Generalitat de Valência já sabia que tinha havido um morto na cidade de Utielonde a situação era dramática devido à superlotação do rio Magro muito antes do furacão de água e lama devastar os municípios por onde corre a Garganta do Poyo. A equipe do presidente também tinha conhecimento dessa informação. às 16h28, 29 de outubro de 2024. Esta manhã, o camionista de Alcudia já tinha perdido a noção.

Isto é evidenciado pelas mensagens de WhatsApp que a então conselheira responsável pelas emergências, Salomé Pradas, investigada juntamente com o seu antigo “número dois” Emilio Argueso, forneceu ao juiz de Catarroja que está a instruir o procedimento aberto por alegados homicídios e lesões por negligência. Mensagens cuja existência era desconhecida até Pradas as mencionar numa entrevista televisiva.

“Fomos informados de um morto em Utiel”, disse o ex-assessor a José Manuel Cuenca, chefe de gabinete do ex-presidente da Generalitat Carlos Mason. O mesmo que, segundo Pradas, lhe pediu para não incomodar Mazon por volta das 14h. e a quem enviou a mesma mensagem que enviou ao Presidente, poucos minutos depois: “As coisas ficam complicadas em Utiel”. De facto, às 15h00 foi decidido mobilizar a Gestão de Emergência Militar (UME), as pessoas pediam ajuda nos telhados. O Mason já estava almoçando no restaurante El Ventorro.

Às 16h43, Cuenca, sem se dirigir ao falecido, enviou a Pradas uma mensagem do “presi”: “Às 19h vamos para o 112”. Ali se reuniu o Centro Conjunto de Coordenação de Operações (Cecopi), órgão que administrou a crise. No entanto, Mason prolongou o jantar da tarde até quase aquela hora, e depois acompanhou o jornalista com quem jantava até ao parque de estacionamento onde estacionou o carro. Maribel Vilaplana saiu do estacionamento às 19h48. e o ex-presidente chegou ao prédio Eliana apenas às 20h28, ou seja, dezessete minutos após o lançamento do ES-Alert.

O Barão PP afirmou que só teve a confirmação da morte à meia-noite, altura em que o indicou em declarações à comunicação social. O documento em que o Diretor Geral Adjunto de Gestão de Emergências, Jorge Suarez, pediu às 20h30 a mobilização da UME em toda a província indica a presença de vítimas mortais.