Hoje, o promotor José Luis Vera atualiza a lista de candidatos à compra de um apartamento no sítio Sitio de los Monos, na Avenida de la Palmera, em Sevilha, e confirma que há trinta vezes mais interesse do que o número … casas que serão construídas. Fundou o Grupo GS há 25 anos, mas foi este projecto que lhe trouxe maior fama. De acordo com os prazos acordados com a Câmara Municipal de Sevilha, a demolição poderá começar na próxima primavera. O objetivo é que os novos proprietários recebam as chaves antes do século XIX.
Para um empresário, esta é uma das recompensas mais significativas por ocupar uma posição tão destacada e manter a sua relação com o porto de Sevilha, onde o seu pai tinha um negócio no qual a sua vocação empreendedora começou a despertar. A escolha de localizações privilegiadas e a qualidade das habitações que promove continuarão a ser marcas do seu modelo, que pretende exportar para outros países.
– A promoção do Monkey Stand foi uma das que mais gerou expectativas. Em que fase do processo ele se encontra?
– Desde que acordámos o projecto e as melhorias ambientais com a Câmara Municipal de Sevilha, em Setembro, não parámos de trabalhar. Em Outubro apresentámos um estudo de concepção e há poucos dias fomos informados de que o mesmo tinha sido aceite para processamento e tinha sido solicitado um certificado de qualificação ambiental ao departamento de ecologia. Já parece que está tudo muito avançado e quando acabar teremos que ir ao plenário municipal. Sim, esperamos muito tempo, e acredito que este é um projeto necessário, porque devemos levar em conta que temos ali uma área terrivelmente insalubre devido ao fato de ter sido abandonada. Situa-se junto a um hospital e a um edifício residencial, não sendo mais possível permanecer nesta situação.
-Quais os prazos para obtenção de licença de construção?
“A nossa ideia e o que a Câmara Municipal nos disse é que talvez possamos iniciar a demolição no segundo trimestre do próximo ano.” Se assim for, poderemos terminá-lo a tempo da celebração do centenário da Exposição Ibero-Americana. Este projecto não visa apenas promover o desenvolvimento residencial, mas também melhorar o ambiente e construir um acesso de estacionamento.
– Talvez o novo mecanismo da Câmara Municipal para agilizar a emissão de licenças o ajude; já existem promotores que os emitiram em questão de semanas.
– Esperamos que sim. Acredito que tais medidas são muito necessárias e a Câmara Municipal de Sevilha está a fazer bem na racionalização dos processos. Compreendo que existam locais mais difíceis, por exemplo no centro histórico ou em patrimónios culturais, mas no geral o trabalho é bom e eles são um exemplo: somos a segunda cidade de Espanha onde se constroem casas mais seguras.
– Quantas candidaturas de interessados para aquisição de apartamento ao abrigo desta promoção já recebeu?
-Bem, pelos nossos cálculos, serão cerca de 50 apartamentos, embora possam ser um pouco menos, e já foram recebidas 600 candidaturas. Consultei meu departamento de vendas caso esse assunto surja durante a entrevista e hoje são 620.
“Se tudo correr bem, em três anos e meio teremos entregue as 3 mil casas que estão atualmente em construção.”
– Mas isso é quase trinta vezes mais do que o número de casas que vão ser colocadas à venda neste terreno.
– Felizmente, nossos projetos costumam ser percebidos dessa forma. Temos uma lista de espera para todos que colocamos no mercado.
– A que preços vão vendê-los?
– Isso ainda não foi fechado.
– Algum dos investidores com quem colaborou para realizar esta ação pediu-lhe um apartamento como pagamento?
– Na verdade. Não fazemos isso, mas alguns dos nossos investidores decidem comprar quando chegamos à fase de comercialização, e neste caso foi-nos entregue, mas compram ao mesmo preço que qualquer outro interessado. Se fôssemos tratados favoravelmente, seria injusto com outros investidores.
– Qual a distribuição geográfica das promoções do Grupo GS?
– Posso afirmar sem medo de errar que somos o promotor com maior presença na Península Ibérica. Na Andaluzia estamos localizados em Sevilha com projetos na rua Juan Antonio Cavestani, rua Santa Clara e processamento pendente, em Puente e Pellón, bem como na Avenida de la Palmera. Também construímos casas na Costa del Sol na capital Málaga, Marbella, Fuengirola, Estepona e Nerja. Estamos localizados em Granada e na capital de Cádiz, Sahara de los Atunes e outro projeto na costa de Cádiz do qual ainda não posso falar. Em Huelva estamos nas Antilhas onde estamos prestes a implementar o nosso primeiro projeto hoteleiro, e fora da Andaluzia estamos em Madrid com quatro propriedades; em Valência, Salamanca, Santander, San Sebastian, Ibiza, Maiorca, Vigo e Sanxenxo. Em Portugal vamos promover casas no Algarve e em Lisboa. No total, 26 objetos estão em construção e desenvolvimento.
– Isso significa quantas casas?
– Pelas minhas estimativas, cerca de 3.000, incluindo o projeto La Antilla, que além de um hotel cinco estrelas inclui um empreendimento de 330 casas.
-E quando você planeja entregá-los?
– Se tudo correr bem, em três anos e meio estarão todos comissionados. Todos estes projetos, embora numerosos, distinguem-se pelo mesmo modelo, que se insere no segmento de luxo. Trabalhamos muito para posicionar o Grupo GS como referência neste mercado e acredito que ele já está consolidado. Somos uma boutique imobiliária, primamos pela exclusividade e queremos que a nossa marca seja reconhecida como uma empresa premium, por isso queremos estar presentes em todo o país e embarcar na expansão internacional. Não perseguimos grandes volumes, porque estando presentes num determinado território limitamos muito o número de empreendimentos realizados. Para você ter uma ideia, este ano analisamos 1.200 andares, mas lançamos oito promoções.
– Você tem uma carteira fixa de investidores?
– Sim, temos uma carteira grande de investidores e ela é muito constante. Hospedamos os principais family offices do país, todos de grande prestígio e empresas. Na verdade, costumamos escolhê-los porque queremos que o seu perfil seja muito semelhante ao nosso para que possamos trabalhar juntos em cada projeto. Isso reduz significativamente o risco e permite que você trabalhe com calma.
“Gostaríamos de levar o nosso modelo para o exterior, já estamos analisando os mercados de Itália, França e Emirados Árabes Unidos”
– A transição para outros sectores, como o turismo, visa especificamente abrir mais oportunidades aos investidores?
– Na verdade, isso é diversificação de negócios. Vimos que havia muitas sinergias com o produto hoteleiro e queríamos entrar nesse segmento, assim como introduzimos o build to rent na nossa marca, embora sempre tenhamos atuado no build to sell. Também fizemos esta diversificação por região, porque os nossos parceiros não investem num só território. Tornamos possível fazê-lo simultaneamente em diversas promoções e em diferentes locais.
– Qual é o próximo passo da GS?
– Bem, eu diria expansão internacional. Gostaríamos de expandir o nosso modelo para outros países e acho que funcionará muito bem. Já estamos em Portugal e ficámos agradavelmente surpreendidos porque o registo ficou mais fácil. Não têm um modelo para cada região, mas sim um modelo único para todo o país, o que simplifica muito a tarefa. Neste momento estamos também a analisar os mercados de França, Itália e Emirados Árabes Unidos, onde existe uma procura muito elevada de habitação de luxo.