novembro 15, 2025
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Aos 57 minutos, Michael Laudrup e John Sivebaek deram à Dinamarca uma vantagem de 3-1 num jogo que venceria por 4-1. Um minuto depois, Lerby desapareceu e o relógio começou a contar.

Depois de um banho rápido, eles foram para o aeroporto sob escolta policial – contra a vontade de Hoeness. O voo também correu conforme o planejado.

Até aí tudo bem – até a viagem do aeroporto de Düsseldorf até o estádio de Bochum.

“O trânsito era de três ou quatro quilômetros porque o estádio fica na cidade”, lembra Lerby, de 67 anos.

“Então tive que pular do carro e correr quatro quilômetros até o vestiário. Foi um bom aquecimento.”

Mas Lerby iria se acalmar no banco, já que o técnico do Bayern, Udo Lattek, já havia nomeado o time titular.

“Fiquei muito desapontado porque queria jogar desde o início. Mas cheguei ao intervalo e depois chegou o prolongamento e o resultado estava 2-2.”

Lerby marcou no replay, que o Bayern venceu por 2 a 0 e depois levantou a taça ao derrotar o Stuttgart na final.

Mas por mais impressionante que pareça o feito, ele nunca pensou que fosse algo especial.

“Lembro-me de estar sentado no bar depois do jogo em Bochum”, continuou Lerby. “Tomei uma cerveja e pensei 'foi um bom trabalho'. Mas foi a única coisa. Não achei que fosse uma grande conquista.

“Na nossa época havia muito caos. Muitas vezes estávamos em apuros. Você joga pela seleção nacional e o clube também tem uma partida, então você não tinha permissão para ir para a seleção nacional.”

Quase exatamente dois anos depois, Hoeness também convenceu Mark Hughes a jogar pelo Bayern em outra partida da copa, no mesmo dia em que jogou pelo País de Gales, na Tchecoslováquia.

Não se sabe se o atacante recebeu um bônus por seus esforços, mas é um ponto que Lerby poderia aumentar com Hoeness.

“Vou perguntar a ele na próxima vez, com certeza”, disse ele. “Eu vou dizer, você perdeu alguma coisa, Uli!”