Uma coligação liderada pelo primeiro-ministro do Iraque venceu as eleições parlamentares do país, disse a comissão eleitoral de Bagdad.
Mohammed Shia al Sudani, que lidera a nação do Médio Oriente desde 2022, procurava um segundo mandato no poder.
Durante a campanha, ele tentou apresentar-se como um líder que poderia trazer estabilidade ao Iraque depois de anos de crise.
Mas muitos eleitores jovens viram o voto como um meio para a elite do país dividir entre si os despojos da riqueza petrolífera do país.
A coligação liderada por Sudani recebeu 1,32 milhões de votos. A participação foi de 56,11%, conforme informou a comissão eleitoral na quarta-feira.
Os apoiadores do primeiro-ministro comemoraram em Bagdá logo após o anúncio dos resultados preliminares.
Hamid Hemid aplaudiu a sua vitória, dizendo: “Ele é o número um no Iraque, e não apenas em Bagdá.”
Contudo, o resultado não significa que Sudani continuará necessariamente a ser primeiro-ministro.
Nenhum bloco de partidos conquistou assentos suficientes para formar um governo, o que significa que será necessário chegar a um acordo de coligação.
Em várias eleições anteriores no Iraque, o grupo que conquistou mais assentos não conseguiu impor o seu candidato preferido.
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Após as últimas eleições, que tiveram lugar em 2021, um partido liderado pelo influente clérigo xiita Muqtada al Sadr conquistou o maior número de assentos, mas retirou-se das negociações para formar um novo governo.
Num discurso televisionado após o anúncio dos resultados iniciais, Sudani disse: “A participação eleitoral é uma prova clara de outro sucesso, reflectido na restauração da confiança no sistema político.”
O Iraque tem sido devastado pela violência e dominado por poderosas milícias apoiadas pelo Irão desde que foi invadido por uma coligação liderada pelos EUA em 2003.
No início deste ano, Sudani viajou para Londres para negociar uma série de acordos sobre economia e diplomacia.
Falando à Sky News durante sua visitaEle insistiu que estava no controle do Iraque, apesar da presença de grupos armados que utilizam o seu território para atacar Israel.
Ele disse: “Não temos vergonha de forma alguma, cumprimos os nossos deveres de fazer cumprir a lei, manter a segurança e a estabilidade no Iraque e rejeitar todos os meios de violência. Não permitiremos que qualquer parte dite a decisão entre a paz e a guerra.”