novembro 15, 2025
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O Ministério da Cultura manteve silêncio ao ser questionado pela ABC sobre denúncia de irregularidades de um grupo de opositores na última convocatória Corpo adicional de curadores de museumas em breve ele terá que se explicar ao Congresso. Ele O PP registrou nesta quinta-feira na Câmara uma iniciativa para que o governo responda por escrito sobre os motivos da “rácio de vagas anormal” na Proposta Estadual de Emprego (OEP) anunciada este ano. Em particular, dos 71 lugares propostos, 31 permaneceram vagos, o que representa 43,7 por cento do total.

“O governo considera excepcional que o último processo seletivo tenha deixado 31 vagas vazias?” – pergunta PP. “Que medidas de controlo ou compensação irá o Ministério da Cultura tomar?” Tal como noticiou hoje o jornal, cerca de vinte opositores enviaram há uma semana uma queixa oficial ao Ministério da Cultura por “irregularidades” e “opacidade” no processo de seleção correspondente a 2023-2024, que terminou em outubro. Pelo segundo ano consecutivo, a taxa de vagas ronda os 40 por cento, significativamente superior aos 5-8 por cento registados em inquéritos anteriores.

Em suma, os peticionários condenaram os tribunais, que foram criados sem presidente e secretário, a falta de transparência e a violação dos princípios da igualdade, mérito e capacidade. Pelo menos uma dúzia deles foi além da carta inicial e interpôs recursos. Na sua iniciativa parlamentar, o PP pergunta ao governo quais as medidas de verificação ou compensação que pretende tomar em resposta a estas reivindicações, reconhecendo que as disposições da Lei 40/2015 e do Real Decreto 364/1995 podem ter sido violadas.

Os oponentes levantam a voz

O principal partido da oposição lembra que o EPO tem este ano cerca de 20 vagas para curadores de museus e quer, por isso, que o Ministério da Cultura explique se “considera excepcional que o último processo de selecção tenha deixado 31 vagas vazias”. Algo semelhante já aconteceu em 2020, 2021 e 2022, quando apenas 45 dos 74 lugares foram preenchidos, com 39,2 por cento de vagas. Nos três concursos anteriores (2016-2019), o número de vagas variou entre 5 e 8 por cento.

Dada a crónica escassez de pessoal no Ministério da Cultura, as pessoas perguntam agora ao Ministro da Função Pública se considera incluir na OLP 2025 todos os lugares que ficaram vagos nas duas últimas convocatórias. Por fim, o NP quer saber se esta situação afeta o planeamento de recursos humanos, a prestação de serviços públicos nos museus públicos e a manutenção das taxas de reposição, “dada a idade média avançada de alguns funcionários do Ministério da Cultura”.

O ABC entende que depois de três semanas em que a Direção-Geral do Património Cultural e Belas Artes evitou responder às reivindicações da oposição, as coisas começaram a melhorar esta quinta-feira, coincidindo com a publicação de informação neste jornal. Ao meio-dia, os candidatos conservadores começaram a receber informações detalhadas sobre as notas dos exames, embora o conteúdo desses e-mails “demonstre que não possuem registro das leituras do tribunal”, segundo uma pessoa envolvida no processo.

Nenhum minuto solicitado

Alguns candidatos receberam breves comentários sobre suas provas (sem incluir critérios de correção), enquanto outros só conseguiram saber a pontuação numérica de cada parte, sem maiores informações. Essas cartas contêm os nomes dos membros dos tribunais de qualificação, mas também há erros: na maioria dos casos aparecem apenas quatro nomes – quando por lei deveriam ser cinco – e com cargos que não coincidem com os estabelecidos na convocação.

Podemos dizer que “Cultura” confirma por escrito as violações denunciadas por estes opositores. No momento, o ministério não enviou os protocolos solicitados.

Cresce a pressão sobre o Ministro Ernest Urtasun, que já enfrenta exigências de explicações através dos canais administrativos e políticos. Entretanto, o seu departamento de relações públicas optou por permanecer em silêncio, como costuma fazer quando é confrontado com informações que vão além da sua agenda.