Fermín Vázquez inicia seu segundo mandato à frente da Fraternidade Santo Entierro, corporação que, nos últimos quatro anos, Isso nos deu muito o que conversar e para melhor. Durante esse tempo ele experimentou um crescimento significativo, … aumentou o quotidiano da confraria e realizou projetos como a celebração do Grande Santo Sepultamento, presidindo à Via Sacra das Confrarias, a restauração do Cristo Reclinado e a confirmação da autoria da imagem, entre muitos outros assuntos. O Big Brother fala ao ABC de Sevilha sobre o que viveu, o que vem a seguir e alguns dos temas atuais da Semana Santa.
– Qual é o seu saldo à frente da irmandade Santo Entierro nos últimos quatro anos?
Talvez não seja eu quem deva falar, mas os irmãos. Mas entendo que foi muito positivo. Diversas ações foram tomadas, por exemplo, para colocar a irmandade no lugar que ela merecia pela história e pela tradição. Criação de redes sociais para comunicação mais próxima com os irmãos; A abertura de uma corporação para incentivar a vinda de pessoas resultou na adesão de mais de duzentos irmãos nesse período, restabelecendo o encontro às segundas-feiras após a missa fraterna. Este dia foi acompanhado pela quinta-feira, quando muitos irmãos também se reuniram para se verem. Claro, a criação de um grupo jovem, cada vez mais enérgico e pró-activo. No aspecto cultural, fortalecer as Quintas-feiras Eucarísticas e a procissão monástica da cruz na função que dedicamos durante a Festa de Corpus Christi ao Santo Dom, bem como na culminação dos cinco ao Santo Cristo Reclinado.
Melhorias significativas no património foram realizadas. De importância foi a aquisição da escrita sacramental, que beneficiou a irmandade, a aquisição de novas dalmáticas, a restauração das coisas e, claro, a restauração do Santo Cristo Reclinado, que voltou ao seu esplendor original e eliminou qualquer dúvida sobre a autoria da imagem.
Não podemos deixar de lado a questão da caridade. A Irmandade tem se dedicado a muitas iniciativas, utilizando o pouco que temos para servir muitas pessoas e instituições.
Em suma, foram anos frutíferos durante os quais a irmandade não ficou tranquila. Como diz o ditado: “Os camarões adormecidos são levados pela corrente”.
No entanto, resta-me o facto de no final do mandato apenas ter participado um candidato, depois de doze anos em que sempre houve dois.
-O que significa para a irmandade a celebração do Grande Santo Sepultamento e da Via Sacra das Fraternidades?
Foram dois marcos importantes porque testaram as capacidades da irmandade em vários âmbitos: organização, entrega, vocação…. Muitas pessoas e instituições colaboraram em ambos os eventos, não sem problemas, especialmente Santo Entierro Grande. Mas entendo que o teste foi aprovado. Um bilhete que outros dão (sorrisos).
Importante trabalho social foi realizado em Santo Entierro Grande, com a inestimável ajuda das irmandades que participaram da procissão, foram organizadas duas exposições, uma no Mercantil e outra em Cajasol, cada uma das quais gerou um fluxo de pessoas que nos ajudaram a ficar famosos.
-O que você precisa fazer? Quais são os projetos do novo mandato?
O principal é crescer por dentro. Com os alicerces fundamentais estabelecidos, devemos garantir o crescimento do número de irmãos e da vida interna da irmandade. Afaste-se do barulho para se concentrar no que é importante. Adoração, caridade, ensino e construção da unidade para que todos caminhemos na mesma direção.
Na secção “Património”, continue o restauro e restauro de coisas e conclua a construção do altar de Maria Santíssima de Villaviciosa.
-Nos últimos anos, sua irmandade tem dado muitos comentários positivos. O que é sucesso?
Acredito que uma das principais vantagens é que todos que chegam são recebidos com gentileza e carinho. O irmão ficou famoso. Interesse e dedicação foram colocados em fazer algo bem feito, mesmo que às vezes não desse certo. E antes de mais nada, porque a diretoria conta com amigos que, mesmo tendo opiniões diferentes, sempre buscam o bem da corporação.
– A irmandade cresce continuamente, no que diz respeito aos irmãos. Como um novo irmão chega ao Santo Enterro?
Como já disse, neste período cerca de 200 irmãos tornaram-se irmãos. Muitos vêm porque ouviram falar do Santo Enterro e estão interessados. Uma vez lá, o carinho e a amizade equilibram tudo. O restante é através de amigos ou parentes.
Contudo, é surpreendente quantos irmãos vieram sozinhos e não foram apresentados.
– No mandato anterior foi necessário corrigir a importante reforma da Igreja de São Gregório. Em que estágio de conservação se encontra o templo agora?
Essa questão foi um golpe para a irmandade, pois a princípio estava previsto o fechamento do templo. Mas graças a Deus e à generosidade de muitas fraternidades, irmãos e anônimos, a questão foi resolvida desde o início. Nesta secção gostaria de agradecer especialmente à Câmara Municipal de Sevilha, ao seu Presidente da Câmara José Luis Sanz e ao Gestor de Urbanismo Fernando Vázquez, sem os quais teria sido impossível concluir as obras e realizar outras resultantes da queda do telhado.
Atualmente estão em andamento reparos na parede voltada para o Centro de Estudos Latino-Americanos, que caiu devido ao acúmulo de umidade, e o telhado da igreja e do mosteiro também será limpo.
– Você vê um novo Santo Entierro Grande nos próximos anos?
Eu vejo isso, embora não saiba quando. É bom que haja um espaço importante entre esses eventos. Não podemos transformar o extraordinário em comum, porque senão tiraremos a magia.
– Você é adepto da Semana Santa como solução para o chamado numerus clausus?
Acredito que cada irmandade deve tomar as decisões que julgar necessárias com os seus Nazarenos. Graças a Deus, nem todos têm milhares de irmãos e irmãs que cuidam deles, por isso a solução não pode ser generalizada, mas sim ad hoc. As fórmulas são muitas e todas são válidas, desde que beneficiem a própria fraternidade e a Semana Santa como um todo.
-A mobilidade e a segurança da Semana Santa continuam relevantes. Existe uma solução para este problema?
Como qualquer evento que atrai as massas (e, infelizmente, a Semana Santa em Sevilha atrai mais pessoas do que egoisticamente gostaríamos), ele por si só não é seguro. Tentar criar um ambiente seguro e sem qualquer risco é uma utopia, pois a realidade mostra-nos que existem sempre elementos incontroláveis. A solução não é limitar a Semana Santa e transformá-la num círculo fechado onde as pessoas não podem circular, pois acabaríamos com o conceito deste feriado religioso. Devem ser tomadas medidas de prevenção, isso é compreensível, mas com moderação e bom senso, sem causar alarmes desnecessários.
– O que diria aos fiéis que se converteram à irmandade de Santo Entierro?
Que esta é uma irmandade acolhedora onde cada irmão tem o seu lugar e, se quiser, contribui em diversas áreas, desde o secretariado ao padre, gestão, juventude… Conhecemo-nos muito bem porque somos amigos e já nos conhecemos há muitos anos, o que significa que existe um bom ambiente e quaisquer problemas que possam surgir são sempre resolvidos com uma cerveja na mão.