dezembro 16, 2025
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Do controle quase total ao colapso, aos gols dos falecidos Bruno Fernandes e Matheus Cunha que pareciam colocar o Manchester United no lado direito de um thriller de 4-3. Mas então uma defesa ainda mais atroz permitiu a Eli Kroupi, um substituto, marcar o terceiro empate do Bournemouth e no apito final os pontos foram divididos.

O gol de Fernandes foi uma cobrança de falta precisa aos 77 minutos. A finalização de Cunha veio 120 segundos depois, quando um cruzamento de Benjamin Sesko da esquerda atingiu Adrien Truffert e desviou em seu caminho.

Antes dos dois gols, o United foi para o Aston Villa de mau humor e enfrentaria um péssimo dia de Natal se houvesse outra derrota. Em vez disso, uma derrota em dez jogos, apesar da intervenção de Kroupi, é a forma que mostra o desenvolvimento ascendente do United sob o comando de Ruben Amorim, mesmo que a sua defesa seja amadora.

Doze minutos depois, o United ganhou vida. Amad Diallo iniciou e finalizou a jogada. Pela direita, fez um passe para Casemiro, que passou para Diogo Dalot pela esquerda.

Um passo depois, ele disparou uma diagonal para a área do Bournemouth. Cunha levantou-se e falhou o cabeceamento e a bola bateu em Djordje Petrovic, deixando o guarda-redes impotente para impedir o marfinense de cabecear por baixo da trave. A greve foi o culminar de uma fase brilhante do United. Um passe inteligente de Cunha para Diallo no meio do caminho terminou com um remate de Fernandes. Dois escanteios do United levaram Tyler Adams a ser expulso por Alex Scott aos cinco minutos. A flecha de esquerda e o cruzamento de Luke Shaw colocaram Mason Mount no alvo, enquanto Petrovic defendeu antes que o livewire preparasse Cunha Casemiro para um chute que foi bloqueado.

Antoine Semenyo marca o empate do Bournemouth aos 40 minutos em Old Trafford. Foto: Phil Duncan/Every Second Media/Shutterstock

Pela primeira vez, marcar não é problema do United nesta temporada. Defender é, como reconhece Amorim. Assim, um lançamento longo e alto de Antoine Semenyo exigiu a habilidade aérea de Casemiro para desmarcar. Depois, quando Justin Kluivert surgiu pela direita, um lançamento acertou Marcus Tavernier, cujo cabeceamento à queima-roupa foi desviado por Senne Lammens antes de a bola regressar à segurança.

A formação de Amorim foi interessante, dado o clamor pelo seu 3-4-3. Um momento de intriga ocorreu durante o aquecimento, quando o United contou com um quarteto de defensores com coletes leves. O treinador principal estava finalmente prestes a enviar uma defesa de Dalot, Leny Yoro, Ayden Heaven e Shaw? A resposta foi não, porque Diallo então colocou um babador. Mas enquanto o United defendia em cinco, o camisa 16 avançou no ataque para deixar um quatro.

Diallo se divertiu antes de partir para se juntar à Costa do Marfim na Copa das Nações Africanas, no Marrocos. Uma corrida em zigue-zague o levou para a área antes de ser frustrado por Adam Smith. E agora um momento de fantasia que foi um retrocesso aos grandes times do United. Um cruzamento inesperado de Cunha desviou para a bota de Bryan Mbeumo, cujo remate chegou agonizantemente perto de acertar em cheio.

O United estava derrotando o Bournemouth e mesmo assim sofreu. Shaw foi intimidado por Kluivert no flanco esquerdo do United. Smith alimentou Semenyo e, a 40 metros de distância, ele avançou e venceu Lammens ao chutar por cima do goleiro e para o escanteio. Shaw estava tão furioso consigo mesmo quanto Amorim certamente estava.

Depois veio um surto Dalot-Semenyo. O primeiro empurrou o segundo e caiu para trás quando Semenyo estava no ar – então o atacante do Bournemouth o agarrou pela garganta. Estavam todos reservados.

Mas agora o tempo terminou bem para o United. O escanteio de Fernandes pela esquerda foi cabeceado por Casemiro, passando pelas mãos de Petrovic – e Shaw teve igual no culpado.

Bruno Fernandes marca o terceiro gol do Manchester United em cobrança de falta. Foto: Martin Rickett/PA

O segundo empate do Bournemouth foi em parte devido a lados mais culpados, Yoro e Heaven, cuja defesa foi frouxa, além de um grande passe de Tavernier que dividiu os jovens e uma finalização legal de Evanilson, que rolou a bola para além do parado Lammens – à sua esquerda.

Embora isto tenha deixado Amorim visivelmente desnorteado, mais jogadas incertas – de Dalot – entregaram a posse de bola e previram o golo de Tavernier. Os portugueses perderam a bola, o United virou-se correndo para a baliza e Casemiro caiu para ele. O livre do inglês passou por uma barreira do United onde Cunha e Fernandes estavam à margem e o erro foi agravado por Lammens, que deixou a bola passar por ele.

O United precisava encontrar um pouco da espinha dorsal que Amorim afirma ter.

A sua equipa afrouxou o controlo com demasiada facilidade e, à passagem da hora, o treinador apresentou Kobbie Mainoo para Casemiro, sob aplausos. Poderá o jovem de 20 anos, em quem Amorim mal confia, ajudar a tirar o fósforo do fogo? O United reviveu, Mbeumo, Mount, Cunha e Fernandes todos ameaçadores.

Amorim trouxe Sesko e o camisa 9 da Eslovênia, que teve uma temporada marcada por lesões, desejou que a bola tivesse caído para ele quando Mbeumo chutou por cima. Agora chegou o fim desordenado.

O que o United precisa é de solidez defensiva. O sistema da Amorim deveria fornecer esta plataforma, mas simplesmente não oferece.

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