dezembro 18, 2025
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O Propósito transmite que a defesa nacional não depende apenas de armas, tecnologia ou alianças internacionais. Depende, antes de tudo, das pessoas. E nesta área Exército O espanhol começa a apresentar sintomas de fraqueza estrutural. Dados oficiais recentes confirmam que cada vez menos jovens consideram a vida militar como uma opção de carreira viável.

A notificação não vem de uma fonte externa, mas do próprio sistema. O Observatório da Vida Militar, órgão consultivo das Cortes Gerais, alertou no seu último relatório para um declínio contínuo nos pedidos de acesso às forças armadas. O documento pode ser visualizado no Ministério da Defesa.

Mudança geracional que afeta o exército

A diminuição do número de candidatos não é causada por um único factor. O relatório descreve mudanças profundas nas aspirações profissionais das novas gerações, que valorizam cada vez mais a estabilidade geográfica, a reconciliação pessoal e a previsão salarial a médio prazo.

Nesse contexto Exército compete em clara desvantagem em comparação com outros setores, tanto públicos como privados, que oferecem trajetórias mais previsíveis e são menos impulsionados pela mobilidade obrigatória.

Menos candidatos, menos escolhas

Em 2024, a taxa de acesso às academias de oficiais foi uma das mais baixas da história recente. O número de candidatos a um cargo foi reduzido para aproximadamente três candidatos e meio, um número que limita significativamente as oportunidades de seleção.

Há apenas dez anos o cenário era radicalmente diferente. Em 2013 foram registados números oito vezes superiores aos atuais, o que permitiu garantir processos altamente competitivos e uma seleção mais rigorosa.

O problema está piorando entre os suboficiais.

A perda de atratividade não se limita às patentes de oficiais. Acesso a suboficiais, tradicionalmente um dos pilares Exércitotambém mostra sinais de desgaste. Mesmo um aumento significativo no número de vagas oferecidas não conseguiu reverter esta tendência.

Vários concursos recentes deixaram vagas por preencher, situação que era excepcional há alguns anos, mas que agora começa a normalizar-se.

Impacto direto nas atividades

A escassez de suboficiais não é um problema pequeno. Essa escala representa o eixo operacional das unidades, o elo entre o planejamento estratégico e a execução em campo. O seu enfraquecimento ameaça a eficácia e a coesão interna Exército.

O Observatório alerta que sem medidas correctivas, as insuficiências poderão ser transferidas para a estrutura de comando a médio prazo.

Espanha é inferior aos seus parceiros em números

O contexto internacional agrava o problema. A Espanha tem um rácio militar/habitante inferior às médias da União Europeia e da NATO. Esta lacuna contrasta com os compromissos assumidos com a segurança colectiva.

A Lei da Carreira Militar estabelece o número máximo de pessoal na ativa em 140.000. Esse objetivo, segundo especialistas, será difícil de alcançar se o principal problema não for resolvido: a falta de atratividade de um modelo profissional.

Exclui-se o retorno do serviço obrigatório

Apesar do debate renovado em vários países europeus, a Espanha não está a considerar restabelecer o serviço militar obrigatório. O Governo continua empenhado numa força armada profissional, embora o relatório destaque a necessidade de adaptar o modelo às actuais realidades sociais e laborais.

Futuro Exército A língua espanhola não será decidida apenas em gabinetes ou em cimeiras internacionais, mas também na sua capacidade de comunicar com uma geração que hoje olha numa direcção diferente.

Referência