A Procuradoria-Geral da República (FGR) de Ernestina Godoy revogou nesta quinta-feira o privilégio de testemunha colaboradora do empresário Raul Rocha Cantu, dono do concurso Miss Universo, segundo comunicado da própria agência. Esse privilégio judicial foi concedido ao empresário durante a gestão do ex-procurador federal Alejandro Hertz (2019-2025), decisão anunciada pouco antes de ele deixar o cargo. Rocha Cantu aproveitou isso para evitar o primeiro mandado de prisão. O empresário mexicano é acusado de participar numa conspiração para contrabandear combustível, armas e drogas da Guatemala, que o liga ao Cartel da Nova Geração de Jalisco (CJNG) e ao La Unión Tepito.
Os promotores apoiaram a revogação da vantagem da testemunha cooperante com base em três pontos principais: o não comparecimento do proprietário do Miss Universo em suas ligações ou nas da Secretaria de Segurança, seu não comparecimento perante a Promotoria do Crime Organizado e o pedido dos representantes da Pemex para rescindir o acordo alegando que Rocha Cantu não estava qualificado.
A FGR indicou ainda que o empresário que anunciou recentemente a mudança da sede do concurso de beleza da Cidade do México para Nova Iorque está fora do país e é considerado foragido da justiça, pelo que os procuradores solicitaram um novo mandado de detenção por crime organizado, o que foi reconhecido pelo juiz.
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