Uma conversa entre o advogado do procurador-geral e agentes da UCO que investigam a alegada fuga de segredos revelou diversas ações controversas da Guarda Civil. Uma delas é excluir diversas mensagens das mensagens que usaram para justificar sua dissertação. Num dos seus relatórios, os agentes concluíram que o principal funcionário do procurador-geral, Diego Villafañe, tinha insinuado a suposta promoção da procuradora provincial de Madrid, Pilar Rodriguez, acusada no caso, na noite dos factos sob investigação.
Segundo os agentes, o responsável pela secretaria técnica da Procuradoria-Geral da República, Diego Villafañe, escreveu a Rodriguez: “Cuide-se, porque já lhe disse que precisaremos de você o máximo possível”. Segundo os guardas, o promotor respondeu: “Awww…o que vocês estão pensando?” Seu interlocutor acrescentou: “Está tudo bem”.
A OCO afirmou que a cooperação de Pilar Rodríguez no suposto crime poderia ter resultado em uma promoção a critério de seus superiores. Porém, a conversa não foi a mesma que a UCO imprimiu. Durante o julgamento, a advogada Consuelo Torres mostrou quem foi eliminado pelo Código Penal.
- Pilar Rodrigues: “Na segunda-feira fui a outro oftalmologista. Ele me passou um tipo de laser diferente, que penetra mais profundamente e é mais específico para o descolamento. Mais doloroso. O que me alarmou foi que fiz um check-up há alguns meses e ele não viu essas novas lágrimas”, comentou Pilar Rodriguez sobre um problema de saúde pessoal.
- Diego Villafañe: “Ostras, não sabia das novas lágrimas. Não desanime e se cuide, precisamos de você no seu melhor!!!! Um grande beijo.”
- Pilar Rodrigues: O laser não interfere no seu trabalho!
- Villafane: Haha. Como você é? Cuide-se porque eu já disse que precisaremos muito de você.
- Pilar Rodrigues: ah… o que você está pensando…
- Villafane: Está tudo bem
A advogada estatal Consuelo Castro utilizou este texto para perguntar à UCO se continuavam a afirmar que estavam a falar de assuntos profissionais, ao que o Coronel Antonio Balas insistiu repetidamente que o faziam, e que se não o incluísse, era “por razões de confidencialidade”.