A corrupção nas obras públicas não é apenas um problema económico, é uma ferida estrutural que mina a confiança dos cidadãos, faz com que os projectos custem mais do que custam, reduz a qualidade do trabalho e distorce a concorrência. Quando o dinheiro do governo … usado para interesses privados, a sociedade perde. Castela e Leão não ficou imune a este desastre, recordamos que até todo o Presidente do Conselho caiu na alegada venda fraudulenta da sua empresa, Demetrio Madrid, posteriormente absolvida. O PP também tem sua própria lista negra, não acredite. No entanto, este fenómeno não é inevitável. Existem medidas específicas, comprovadas e implementáveis que podem reduzir significativamente a discrição e aumentar a transparência.
Acima de tudo, é importante reforçar os sistemas de contratação pública com plataformas de licitação em tempo real totalmente digitais, abertas e verificáveis. Todas as etapas, desde a publicação da proposta de concurso até à decisão e relatório final, devem ser acessíveis a qualquer cidadão, jornalista ou entidade reguladora. A experiência internacional mostra que quando a informação está disponível ao público e é fácil de analisar, a corrupção diminui à medida que aumenta o risco de deteção.
Paralelamente, os sistemas judiciais devem garantir que as sanções à corrupção sejam aplicadas de forma rápida e eficaz. A impunidade pela lentidão é o melhor combustível para o crime. O terceiro pilar é a simplificação da regulamentação. Quanto mais permissões, etapas e exceções, mais oportunidades para manipulação arbitrária. Regras claras, procedimentos padronizados e margem mínima para decisões subjetivas são ferramentas poderosas contra o abuso. Por último, a participação dos cidadãos e a proteção dos denunciantes são elementos fundamentais. Devem ser criados canais seguros para denunciar violações sem medo de represálias. Quem condena a corrupção protege os bens públicos, e o Estado deve protegê-los.
A corrupção não desaparecerá com declarações pomposas e indignação moral. É combatida através da transparência, da supervisão independente, de leis simples, da participação pública e de sanções eficazes. Não se trata apenas de construir melhores pontes ou estradas, trata-se de construir instituições mais fortes que sirvam interesses colectivos e não agendas ocultas.
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