Associação dos Procuradores (AP)maioria na corrida financeira, lamenta este sábado as “críticas políticas” do governo e de outras instituições contra o veredicto do procurador-geral do estado Álvaro García Ortiz, porque “só servem para minar a arquitetura constitucional”.
Num comunicado de imprensa divulgado após a reunião em Santiago de Compostela no XXV Congresso sob o lema Voz da corridaA associação manifesta ainda a sua “indignação” com a situação, que foi abordada pelo Procurador-Geral da República “submetido à corrida financeira”.
Assim, defende que a nomeação do Procurador-Geral da República cabe “à advogados de prestígio objetivamente reconhecido e sem preconceitos partidários para aprofundar a percepção de imparcialidade entre os cidadãos”.
Exige também que as acções e decisões judiciais sejam respeitadas como expressão da independência judicial e, por conseguinte, rejeita “qualquer interferência no trabalho dos tribunais.”
“Dadas as críticas feitas nos últimos dias, Associação dos Procuradores expressa o seu respeito ao Supremo Tribunal como órgão judicial máximo”, acrescenta.
Na sua reunião, na qual estiveram representados mais de 460 procuradores de toda a Espanha, a associação considerou também necessário um novo Estatuto Orgânico do Ministério Público, que dotará esta instituição “independência real e efetiva”.
Propõe-se que a figura do Procurador-Geral tem seu próprio regime jurídicoalém disso, a nomeação e a demissão são realizadas em prazos diferentes dos estabelecidos pelo Governo, o que implica a demissão em caso de acusação criminal, bem como um regime de abstinência, incompatibilidade e responsabilidade civil e criminal.
“O Ministério Público é uma instituição a serviço da sociedade, que devem desempenhar as suas funções com imparcialidade e compreensível para todos os cidadãos, de acordo com o princípio da legalidade, sem adoção de posições partidárias”, sublinha a associação.
Uma nova comissão executiva da Associação dos Procuradores e Cristina Dexeus retomou sua presidência.