A posição de Robert Lewandowski como indiscutível referência ofensiva do Barcelona começa a mostrar sinais de erosão nesta temporada.
Não porque o avançado polaco se tenha tornado subitamente inútil, mas porque Ferran Torres emergiu com um nível de agudeza e energia que é cada vez mais difícil para Hansi Flick ignorar.
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Quando ele tinha 18 meses Barça projeto, Flick deixou claro que intensidade e mobilidade são essenciais em sua linha de frente e dada a idade de Lewandowski, o contraste com o dinamismo de Ferran fica mais claro a cada semana.
A derrota do Barcelona por 5-3 sobre o Real Betis no fim-de-semana passado ilustrou perfeitamente esta mudança. Ferran marcou um excelente hat-trick e parecia que o atacante Flick poderia construir seu ataque.
Mas mesmo depois de tal exibição, o técnico entregou a Lewandowski a titularidade contra o Eintracht Frankfurt, talvez esperando que a experiência e a oportunidade ajudassem o veterano a recuperar o ímpeto.
Não aproveitar a oportunidade
Infelizmente, aconteceu o contrário. Lewandowski passou por mais uma noite frustrante, terminando a partida sem marcar pelo quarto jogo consecutivo.
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Foi, no papel, o cenário ideal para recuperar a confiança, já que enfrentou uma defesa do Frankfurt que sofreu mais golos do que qualquer outra na Bundesliga e está entre as unidades defensivas mais fracas da Liga dos Campeões.
Mas o avanço esperado nunca aconteceu.
Robert Lewandowski não marca há quatro jogos. (Foto de David Ramos/Getty Images)
Ao longo da partida, Lewandowski pareceu isolado e desconectado dos mecanismos de ataque da equipe.
Ele lutou para pressionar com a intensidade que Flick exige e encontrou pouco espaço para atacar atrás da defesa.
Seu único momento instintivo veio quando finalizou um cruzamento de Raphinha, mas o gol foi justamente anulado por impedimento.
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Muitos esperavam que Flick o eliminasse no intervalo, mas o técnico deu-lhe uma breve passagem no segundo tempo antes de tomar uma atitude decisiva.
Dez minutos após o recomeço, Lewandowski foi substituído por Ferran Torres e a diferença foi imediatamente perceptível.
Como tal, Lewandowski continua certamente a ser um jogador de futebol de topo, mas a realidade é que Ferran dita o ritmo.
A menos que o polaco redescubra rapidamente o seu ritmo de golo, o seu estatuto, outrora inquestionável, poderá continuar a diminuir, assim como o seu futuro no Barcelona.