O treinador do Tenerife, Álvaro Cervera, mostrou-se cauteloso na visita deste sábado ao Arenteiro, último colocado do Grupo 1 da Primera Federación, e recordou os precedentes da sua equipa no Estádio Heliodoro Rodríguez López frente a adversários da zona de classificação inferior, como os Unionistas de Salamanca, que terminou com uma surpreendente derrota por 0-2.
O treinador azul e branco admitiu que este jogo foi um dos que lhe deu “mais dúvidas” esta temporada, pelo que não confia na visita de uma equipa galega, a mais vitoriosa do campeonato (oito golos em treze jogos), que também viveu uma recente mudança de treinador, e nas dificuldades que isso acarreta em preparar uma forma de contrariar as suas forças.
Cervera disse em conferência de imprensa que “essas equipas, por alguma razão, não nos jogaram muito bem” e o seu novo treinador, Jorge Cuesta, de Vigo, “oferece um bom jogo com boa posse de bola” e lembra que tais adversários “nos prejudicaram”.
O treinador blaugrana destacou ainda a presença no Arenteiro do médio Álvaro Bastida, com quem se estreou pelo Cádiz na Primeira Divisão, jogador “que terá carreira” no futebol, embora jogue numa posição mais recuada na seleção galega.
Cervera mostrou-se relutante em revelar se manteria o sistema tático dos últimos dias, mas depois admitiu que a sua equipa com dois avançados é “perigosa, mais decisiva e não sofre muito na defesa”, pelo que a sua ideia é “que as mudanças sejam nos jogadores e não na figura”.
Nesta partida, que começa às 17h30, o treinador do líder ainda não poderá contar com os lesionados Mark Mateu, Javi Perez e Dani Fernandez.
O próximo jogo será novamente em casa, pela Taça do Rei frente ao Granada, na próxima quinta-feira, 4 de dezembro (21h00), em que Cervera admitiu que irá propor uma escalação diferente da habitual, não só porque “o mais importante é a Liga”, mas também para evitar que os jogadores que mais jogam enfrentem três jogos em apenas nove dias, com a visita ao CD Lugo (domingo, 7 de dezembro) no horizonte.