Até à publicação da última Estratégia de Segurança Nacional, o segredo aberto da política externa do Trumpismo era a sua semelhança com a política interna seguida pelo ocupante da Sala Oval. O documento de 33 páginas é o que mais se aproxima … acusação contra a Europa. A principal acusação é nada menos que traição à civilização ocidental.
Tal como o Vice-Presidente/Mamporrero J.D. Vance já afirmou em Munique, nós, europeus, somos culpados de tolerar a imigração em massa, impor restrições percebidas à liberdade de expressão, minar a soberania nacional, praticar o estrangulamento regulamentar e tolerar, através do wokismo, desperdícios suspeitos de energia. Não importa que o despertar seja essencialmente uma invenção gringa.
Nestes tempos de hostilidade generalizada e descontentamento aberto, a solução oferecida pela doutrina iliberal MAGA é a coisa mais próxima de uma mudança de regime na Europa, apoiando a extrema direita, atolada no trumpismo, que já lidera as sondagens eleitorais no Reino Unido, França e Alemanha.
Entretanto, em Espanha, repetidas tentativas de forçar a política externa através do funil da política interna – sempre tóxicas, egoístas e de curto prazo – atingem extremos grotescos. Não se trata apenas de que em todas as principais frentes internacionais, de Marrocos à Venezuela e à China, o governo não consegue dissipar as suspeitas de que alguém está a facturar fora do interesse nacional.
Nos jogos de malabarismo diplomático, o Sanschismo tenta encobrir a gangue Peugeot com a gangue Tesla. Entre os aliados da NATO, a Espanha ocupa uma posição marginal devido à sua posição de investimento mínimo em defesa. E os parceiros da UE vêem com perplexidade que as grandes iniciativas propostas por Madrid consistiam em introduzir a língua catalã nos auscultadores de Bruxelas e exigir a verificação da votação por telefone na Eurovisão.
Espero que durante o ano de 2026 Franco deixe de morrer de uma vez por todas e que a frota da flotilha seja esvaziada para sempre.