Numa reunião tempestuosa, o Congresso brasileiro aprovou na manhã desta quarta-feira um projeto de lei que poderá libertar o ex-presidente da prisão. JairBolsonaroatualmente na prisão por tentativa de golpe contra seu sucessor, Luís Inácio … Lula da Silva.
Projeto de lei dosimetria propõe mudar radicalmente cálculo de multas aplicadas Suprema Corte os considerados culpados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, destruídas pela gangue Bolsonaro em janeiro de 2023, em uma ação que deveria ser organizada por Bolsonaro.
A votação surpresa foi apressada junto com outras medidas propostas controversas. mudanças constitucionaisporque os deputados se preparam para férias no final do ano. A reunião surpreendeu tanto o Executivo quanto o Supremo Tribunal Federal, que estão em confronto direto com as medidas, encerrando o ano pré-eleitoral com intensa tensão política entre as autoridades.
Projeto, aprovado por 291 votos a favor e 148 contratambém é consequência de uma manobra arriscada do filho mais velho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaroque anunciou recentemente a sua candidatura à presidência, sugerindo que só se renderia se fosse negociada uma amnistia para o seu pai e para os restantes condenados. Embora o texto final excluísse uma anistia total, a Câmara pagou pela conta política, encontrando um meio-termo ao oferecer comutações de sentenças que poderiam facilitar a libertação de seu pai e apaziguar a base de Bolsonaro.
Com alternativa aprovada pelos deputados propostas serão recalculadaso que afetará diretamente a sentença de Bolsonaro, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão por “tentativa de golpe” e “abolição violenta do Estado democrático de direito”. Graças à nova lei, não haverá mais penas adicionais para estes crimes cometidos no mesmo contexto, mas apenas as sanções mais severas. Esta mudança reduziria a pena base do ex-presidente para um intervalo de 4 a 12 anos, reduzindo significativamente o seu tempo efetivo de prisão.
Deputados pró-Bolsonaro comemoram aprovação da lei
Segundo previsões apresentadas pelo relator do projeto, Deputado. Paulinho da ForsaA combinação de uma única sentença e uma mudança de regime mais flexível poderia reduzir o tempo de Bolsonaro à porta fechada dos actuais quase oito anos para apenas 2 anos e 4 meses. Caso o Senado aprove a proposta, Bolsonaro, preso desde novembro, poderá ser solto em regime semiaberto ou aberto em 2029. A lei prevê ainda que pesquisas e trabalhos realizados durante prisão domiciliara fase pela qual Bolsonaro já passou serve para reduzir os dias de punição.
Alta tensão na sessão plenária
O clima na reunião plenária da madrugada foi extremamente tenso. Presidente da Câmara, Hugo Mottajustificou a rapidez argumentando a necessidade de “virar a página” e afastar o Congresso da “polarização tóxica” de 8 de janeiro. “O que esta Câmara fez hoje não foi agradar a um partido, mas dizer algo que seja sensível às pessoas que receberam penas exageradas e não tiveram papel central no que aconteceu”, disse Motta, tentando retratar a medida como um ajuste técnico.
Os apoiantes do partido no poder consideram esta medida um ataque legislativo ao sistema judicial.
Os partidos no poder descreveram a medida como um ataque legislativo ao sistema judicial e uma clara interferência nas sentenças já proferidas. “Isso foi um ataque à democracia”, disse o deputado. Taliria Petronerefletindo o ressentimento de grupos associados ao governo Lula da Silva.
Por outro lado, aliados de Bolsonaro como M.P. Marcel van Hattemargumentou que o texto não representava uma anistia, mas sim um alívio para o sofrimento de pessoas “que nada fizeram”.
O ex-presidente Bolsonaro, condenado e cumprindo pena definitiva de 27 anos, é figura central na disputa. A legislação também beneficiará comandantes militares de alta patente condenados cuja prisão foi um marco histórico e cujos participantes nos eventos de massa de Janeiro foram considerados como tendo “baixos níveis de participação”. Agora o projeto é transferido para o Senado, cujo presidente, David AlcolumbreEle prometeu velocidade. A última etapa ficará na mesa do presidente Lula da Silva, que decidirá se vetará a proposta total ou parcialmente, determinando assim o futuro de Bolsonaro.