dezembro 23, 2025
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A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, recorreu a acrobacias para conseguir limitar os termos dos incentivos fiscais concedidos à Fédération Internationale de Football Association (FIFA) e às suas empresas, que não terão de pagar um único peso em impostos durante os jogos do país no Mundial de 2026. No entanto, os grupos de trabalho governamentais conseguiram limitar estes acordos apenas ao ano fiscal de 2026, pelo que os eventos durante o evento desportivo esperado ainda estão isentos de contribuição para os cofres do governo. “Em 2016, foi assinado algo para que o Mundial se realizasse no México. Faltavam vários anos de isenção fiscal, foi reduzida para um ano e limitada pelo Ministério das Finanças”, explicou Sheinbaum esta segunda-feira em conferência de imprensa, atribuindo a responsabilidade destes acordos com a FIFA ao ex-presidente Enrique Pena Nieto.

Paralelamente, o Tesouro esclareceu no seu comunicado que o conteúdo do documento de garantia governamental para a FIFA, assinado durante o mandato de seis anos de Pena Nieto, indica que os acordos “permanecerão juridicamente vinculativos, totalmente válidos, diretamente aplicáveis ​​e totalmente executáveis, independentemente de quaisquer alterações no governo mexicano ou quaisquer alterações nas leis e regulamentos”. A garantia isenta a FIFA, suas subsidiárias, associações membros, fornecedores, contratados, indivíduos e quaisquer terceiros associados à organização da Copa do Mundo na Cidade do México, Monterrey e Guadalajara de impostos locais e federais.

Apesar de todos os esforços, as mãos do governo Sheinbaum estão atadas. A equipe da Tesouraria conseguiu limitar o alcance legal das concessões apenas ao próximo ano, para que todas as atividades do torneio possam se beneficiar delas. O acordo previa inicialmente esse benefício fiscal, além da isenção de controles e processos administrativos, até 2028. “Atualmente, os benefícios aplicam-se apenas aos envolvidos diretamente na organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2026 e consistem na isenção de determinadas obrigações formais de pagamento, transferência, armazenamento, cobrança e outras obrigações previstas na legislação tributária”, afirmou a Fazenda, lembrando que as restrições da Garantia foram alcançadas por meio de acordos sem necessidade de passagem pela Justiça.

Dos três países que sediarão a Copa do Mundo de 2026 – Estados Unidos, Canadá e México – apenas este último concedeu isenção total e nacional. Os tratados fiscais alcançados pelos Estados Unidos e pelo Canadá não são abrangentes e são negociados a nível nacional, estadual e local.

Referência