dezembro 26, 2025
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A partir de 1º de janeiro de 2026, os Correos vão introduzir um aumento de 7,87% nos preços das marcas nacionais e um aumento de 5,49% nos preços das encomendas com peso inferior a um quilo. Esta revisão tarifária para 2026, que afeta tanto as cartas normais e registadas como os transportes internacionais, já foi aprovada pela Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) depois de se ter verificado que está em conformidade com a legislação em vigor.

Embora a subida supere a inflação homóloga de 3% registada em Novembro, o regulador destaca que os preços em Espanha continuam a ser dos mais competitivos da Europa, estando abaixo da média ajustada pela paridade do poder de compra de 1,23 euros.

No mercado nacional, os portes de uma carta normal com peso inferior a 20 gramas custarão 0,96 euros, mais 7 cêntimos do que no ano anterior. Este ajustamento dá continuidade a uma tendência ascendente iniciada em 2015, quando a marca valia 0,42 euros, conduzindo desde então a um crescimento anual que variou entre 4% e 11%. Por outro lado, uma carta certificada nacional com peso até 20 gramas custará 5,74 euros (mais 8,51%), e as encomendas grandes – acima de 20 quilogramas – custarão 48,11 euros.

A atualização tarifária está a ter um impacto detalhado a nível internacional, particularmente nos envios para a Europa e a Gronelândia. Uma carta internacional normal com peso até 20 gramas custará 2 euros, uma carta autenticada custará 7,15 euros. É importante referir que estas tarifas internacionais aplicam-se à região europeia, mas o operador excluiu expressamente deste grupo países como a Albânia, Arménia, Bósnia, Chipre, Geórgia, Malta, Moldávia e Rússia, que têm tarifas diferentes.

Quanto às encomendas internacionais com peso inferior a 5 kg, para um grande grupo de destinos estratégicos o preço aumentará para 50,7 euros (um aumento de 7,42%). Este alinhamento inclui as principais potências económicas do continente, como Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Países Baixos e Portugal, bem como outros mercados, como Áustria, Bélgica, Dinamarca, Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Noruega, Suécia e Suíça. Esta medida afeta também territórios com regimes especiais ou estados mais pequenos como o Mónaco, São Marino, Cidade do Vaticano, Gibraltar, Baía de Guernsey e Ilha de Jersey, e inclui também a Ucrânia neste grupo de preços.

Ao mesmo tempo, a CNMC afirmou que vai reforçar a fiscalização das tarifas especiais que a operadora estatal oferece às grandes empresas e administrações. Para tal, será introduzido o padrão de custo incremental de longo prazo (LRIC), um indicador que tem em conta a evolução da procura.

Este sistema, aliado ao reporte dos custos históricos atribuídos, permitirá ao regulador monitorizar mais de perto se os descontos aplicados aos grandes clientes empresariais estão estritamente alinhados com os custos operacionais do serviço, para evitar distorções no mercado postal.

Referência