dezembro 13, 2025
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Andrea, uma jovem arquiteta de Caracas, descreveu a perigosa jornada que fez neste ambiente como “comovente”. Maria Corina Machado vir a Oslo para receber o Prêmio Nobel da Paz: “Foi como um filme que ele conseguiu superar todos os perigos da viagem saia da Venezuela e chegue com segurança ao seu destino. “Você só vê isso nos filmes.”

A arquiteta não quis dar seu sobrenome à ABC quando a abordamos na fila do lado de fora do escritório de entrega de correspondência no leste de Caracas. Ele viu os acontecimentos da viagem e da cerimônia do Nobel em seu celular e acompanhou passo a passo o recebimento do prestigiado prêmio.

“Tenho orgulho de Maria Corina. Tenho 27 anos e não conheço outro governo além deste e é uma pena. Vivemos meses esperando por algo e não sabemos se, quando ou como isso vai acontecer. Não sabemos o verdadeiro peso do Prêmio Nobel. Não sabemos o que significa o Prêmio Nobel, se será apenas um diploma, uma medalha ou uma porta para a liberdade”, acrescenta Andrea.

Ninguém mais na fila quis comentar. “Não posso falar sobre o meu trabalho, mesmo que quisesse”, disse o homem de 35 anos.

Ao lado dos correios existe um cabeleireiro, gerido diretamente pelo proprietário. Fabíola Leoque não tem problemas em testemunhar para a ABC. “Acho maravilhoso o prêmio que Maria Korina recebeu. No final, a venezuelana venceu e ela tem coragem porque os militares aqui não têm o suficiente. “Os militares na Venezuela costumavam ser um símbolo de moralidade, respeito e poder, mas agora são figuras de corrupção, exibindo riqueza e carros luxuosos, mas não cumprindo sua função patriótica.”

Em outro negócio Alfredo FariasMaria Corina, 67 anos, é admirada pela coragem e determinação em viajar para Oslo, superando obstáculos e perigos. “Ela é uma mulher que trabalhou muito, que merece, que sacrificou tudo por este país. Espero que a mudança seja alcançada porque aqui prevalecem coisas ruins.

Farias não acredita nos políticos, mas “na lealdade do povo”. “Eu era de esquerda e não concordo com este governo de esquerda. Espero que Maria Corina possa voltar e ver se consegue mudar este governo”, disse ela, pegando seu liquidificador consertado.

No armazém de eletrodomésticos, o vendedor foi identificado como Chevola MuzioMaria Corina, 74 anos, aplaudiu a coragem de Maria Corina em viajar a Oslo para receber o prêmio: “Espero que ela possa voltar logo, acredito que a esquerda só traz sofrimento e ditadura estatal, vimos que desde que a revolução bolchevique chegou ao poder na Rússia em 1918, a Venezuela deve estar livre da esquerda”.

Na cafeteria local Luis MartinezA atriz de 60 anos disse à ABC (com nome alterado) que o feito de Maria Corina valeu um filme. “Acho maravilhoso ter podido vir a Oslo para receber o prêmio. Ela é corajosa. O Prêmio Nobel é o reconhecimento de sua carreira e trabalho. Queremos que ele volte logo para continuar a luta. Não deixe que ele nos deixe. O motivo continua sendo órfão sem ela, que é mãe.”

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