A Colômbia está atolada numa profunda crise de confiança institucional após a revelação de alegadas ligações entre altos funcionários do governo e dissidentes das FARC, liderados pela alcunha Calarca. Este escândalo estourou onda de pesquisa isso afeta ambos … O Exército, bem como o Serviço Nacional de Inteligência, colocaram a política de “Paz Total” promovida pelo actual governo no centro do debate público, suscitando profundas preocupações sobre a integridade das instituições e a eficácia dos controlos internos.
A situação está sob investigação desde julho de 2024, quando foi realizada uma fiscalização em um posto de controle militar. o carro em que a delegação foi transportada membros de um grupo armado chamado a estabelecer diálogo com o governo, bem como telemóveis, computadores e discos rígidos. Posteriormente, a unidade investigativa do canal local Caracol obteve acesso a e-mails, chats e documentos que mencionavam conexões entre dissidentes das FARC e altos funcionários do governo, incluindo o General do Exército J.Um Miguel Huertas e Vilmar MejíaOficial do Escritório Nacional de Reconhecimento.
Ambos enfrentam processos disciplinares e judiciais pelos seus alegados contactos e acordos com a organização liderada por Calarca. O Departamento de Defesa anunciou medidas preventivas, incluindo a suspensão do General Huertas e o lançamento de uma revisão abrangente da sua liderança enquanto são realizadas investigações formais.
Entre os aspectos mais polêmicos está a possibilidade de o grupo armado ter financiado as campanhas eleitorais.
O debate político intensificou-se no Senado, onde os legisladores questionaram a eficácia dos controlos internos e exigiram respostas claras sobre se a infiltração foi resultado de negligência ou de acordos deliberados entre sectores do Estado e do narcoterrorismo. A Senadora Paloma Valencia, do Centro Democrático, liderou um debate no qual levantou questões sobre a possibilidade de a infiltração de dissidentes nas principais instituições de segurança e defesa fazer parte de um pacto político que criou tensões profundas em torno da política de paz e da gestão da segurança nacional.
Petição dos EUA
As investigações não se limitam à esfera militar. A Procuradoria-Geral abriu processos contra os funcionários nomeados e o DPR está a conduzir investigações internas e externas, incluindo uma investigação independente liderada por um inspector-geral nomeado directamente pelo presidente. Os Estados Unidos, um importante aliado de segurança, pediram à Colômbia que investigasse exaustivamente os laços, dada a importância estratégica da cooperação bilateral.
A reportagem jornalística que divulgou o escândalo revelou ligações, transferências de informações e alegados acordos políticos e financeiros entre funcionários e membros dissidentes. Entre os aspectos mais controversos está a possibilidade de o grupo armado ter financiado campanhas eleitorais, causando ressentimento e desconfiança na opinião pública e nos meios políticos. O governo colombiano insiste na transparência e na fiscalização “tolerância zero” contra quaisquer actividades ilegais, embora a gravidade das acusações tenha suscitado debate sobre a eficácia dos controlos institucionais e a vulnerabilidade do Estado à infiltração criminosa.
A sociedade civil e a comunidade internacional exigiram transparência e resultados credíveis, dada a importância estratégica da cooperação bilateral em segurança. A crise trouxe para o centro da agenda a necessidade de reforçar a confiança nas instituições e garantir a integridade do Estado, aspectos fundamentais do processo de paz e da estabilidade democrática.
O governo colombiano insiste na transparência e numa abordagem de “tolerância zero” para quaisquer atividades ilegais.
Neste contexto, o governo anunciou o uso da força e o lançamento de uma investigação aprofundada para esclarecer os factos e punir os responsáveis. O público espera respostas e medidas decisivas que reforcem a confiança nas instituições e garantam a integridade do Estado, aspectos fundamentais do processo de paz e da estabilidade democrática.