As autoridades cubanas detiveram em Havana o cidadão espanhol Martinho Ramos Soto, condenado no seu país a 13 anos e meio de prisão por violação e abuso de uma menor, conforme confirmou esta segunda-feira a EFE.
A Polícia Nacional Revolucionária (PRP) deteve há poucos dias na capital cubana Ramos, para quem o governo espanhol já solicitou formalmente a sua extradição depois de esta ter sido solicitada pelo tribunal provincial de Ourense em 31 de outubro.
Segundo fontes consultadas, o PNR tinha conhecimento da presença de Ramos Soto em Cuba há vários meses e desde então, ciente da sua condenação, este esteve sob vigilância, mas não foi detido.
Além disso, parece que ambos os países estão dispostos a facilitar a sua transferência para Espanha, embora não exista nenhum acordo de extradição.
Ramos Soto é um dos dez nomes reivindicados pela justiça espanhola, cuja localização e detenção têm sido uma prioridade para a Unidade de Fugitivos, que esta segunda-feira pediu cooperação aos cidadãos para recolher possíveis provas.
Ramos Soto é um ourense de 50 anos que foi condenado a 13 anos e meio de prisão por agredir sexualmente uma estudante menor através de atos sádicos quando a vítima tinha entre 12 e 16 anos, informou a Unidade de Fugitivos.
Depois de ter sido condenado em julho passado, Ramos Soto não cumpriu uma ordem de detenção para cumprir a pena. Foi então emitido um mandado de detenção nacional, embora os agentes já tivessem indícios de que o condenado se encontrava fora de Espanha.
Segundo o relato policial sobre a sua fuga, Ramos Soto viajou para Portugal em julho para voar de Lisboa para o Brasil. De lá foi para o Peru e finalmente para Cuba. A polícia espanhola acreditava que o condenado tinha algum apoio na ilha.
Além de professor de educação infantil e fundamental, Ramos Soto foi ex-integrante da extinta organização En Marea e é conhecido em sua cidade de Ourense por ministrar aulas de música e por seu ativismo.
A sua inclusão na lista juntamente com outros dez fugitivos – entre eles conhecidos traficantes de droga, um assassino, um ladrão histórico e vários criminosos sexuais – deve-se ao que a Secção de Fugitivos considera uma questão “estratégica”.