O fotógrafo britânico Martin Parr morreu aos 73 anos. Conhecido por suas representações icônicas e coloridas de cenas do cotidiano, especialmente das praias do Reino Unido, ele morreu após ser diagnosticado com câncer em 2021.
Nascido em Surrey em 1952, Parr decidiu ser fotógrafo ainda adolescente, inspirado no avô, que era amador. Ele estudou fotografia na Manchester Polytechnic de 1970 a 1973.
Parr é membro da agência Magnum desde 1994 e recebeu diversos prêmios, incluindo o Prêmio Photo España em 2006.
Algumas de suas imagens mais icônicas podem ser vistas em museus como o Museu de Arte Moderna de Nova York ou a National Portrait Gallery de Londres, entre outros. Ele também fundou a Fundação Martin Parr em 2017 para promover o trabalho de jovens artistas britânicos.
Desde a década de 1980, sua extensa obra, marcada pela ironia, tem sido fundamental para o desenvolvimento da fotografia moderna. Parr retratou cenas em outros países além do Reino Unido, como Espanha, onde ele próprio explicou há vários anos que com as suas imagens procurava “uma reacção, não uma mudança de mentalidade ou atitude”, por isso usou o humor.
As suas fotografias, saturadas de cor, contam a história da parte mais “kitsch” da sociedade, por vezes através da comédia, embora demonstrem realidades não tão cómicas: o consumismo, o turismo de massa ou a superficialidade são algumas das pinceladas que se percebem nos seus retratos.