O Ministério da Transição Ecológica felicita-se pela desaprovação esta quinta-feira da alteração “extravagante” introduzida pelo PP à Lei da Mobilidade Sustentável, que finalmente não foi aprovada pelo Congresso esta quinta-feira devido à abstenção de Jants.
Fontes do departamento de Sarah Aagesen indicam que a alteração “não alterou nada significativo” no calendário de encerramento dos reactores, mas introduziu “ruído e incerteza” e “tentou introduzir a ideia de uma espécie de prolongamento automático da vida útil das centrais nucleares”, deixando de fora “um órgão tão importante como a CSN”, o Conselho de Segurança Nuclear.
A alteração, submetida ao Senado pela maioria absoluta do Partido Popular, foi rejeitada esta quinta-feira por um voto, com a abstenção dos deputados das 7 juntas. Foi rejeitado por 171 votos a favor (representantes do PP, Vox e UPN) e 172 votos contra (incluindo PNV e ERC).
O ministério sublinha que mesmo que a iniciativa tivesse sido implementada, a segurança nuclear “teria sido garantida de qualquer forma” e “não teria havido muita preocupação”, mas felicitam-se por terem evitado o “ruído e a incerteza” que poderia ter causado.
A alteração “não alterou os regulamentos de segurança nuclear, mas sim os atos administrativos”, as ordens do ministério para renovar as licenças de funcionamento das centrais sem solicitar qualquer relatório da CSN, quando essas ordens “só podem ser aprovadas com relatório obrigatório e obrigatório da CSN”, sublinha a Transição Verde.
As mesmas fontes referem que “hoje a data de encerramento de Almaraz é 2027 e 2028” e que a Transição Ecológica não pretende apelar à paralisação do relatório de encerramento do local, que a CSN deverá processar em paralelo com o pedido de prorrogação que a Iberdrola, Endesa e Naturgy solicitaram no final de outubro, sem necessidade de aprovação desta alteração ao PP feita antes da decisão das elétricas.